Apesar dos programas e campanhas para tirar os mendigos das ruas de Parauapebas ainda podem ser visto inúmeros deles que, advindo das mais diversas regiões do país, vivem em grupos sem trabalho e sem dignidade se dedicando com isto ao consumo excessivo de álcool.
Agora, muitos deles, doentes pedem ajuda e admitem que caso esta não venha, terminarão morrendo. As histórias de vida são comoventes e todos confessam que querem mudar e demonstram saudade da vida que antes levavam.
Um dos pontos onde se pode ver inúmeros mendigos aglomerados é na PA 275, próximo ao CDC, ali se amontoam todas a noites em uma cobertura antes usada como ponto de ônibus ou ainda na Rua 15, esquina com a Rua A. Ali pode se ouvir as mais diversas narrativas, como a de José Pedro, o popular “Ceará” que depois de viver muito tempo na rua se recuperou em abrigo e agora volta para visitar os antigos companheiros de bebida e aconselhá-los a mudar de vida. Já Antônio Ferreira da Silva mora em Parauapebas há 26 anos e diz que era um homem trabalhador. Depois, com o tempo caiu na rua e ficou na ali por quatro anos e mesmo em meio a bebedeira conseguiu se aposentar por invalidez e depois alugou um quarto, mas nunca abandonou os velhos amigos que fizera na rua. “Não sou viciado, bebo, paro, trabalho”, disse Antônio Ferreira exibindo os documentos pessoais inclusive CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Um caso mais grave quase extremo é o de Rosivaldo de Abreu, 25 anos, que ficou por longos tempos no abrigo de recuperação. “O tempo que estive lá foi muito bom, mas vacilei e agora estou aqui de novo na cachaçada”, lamenta ele, mas admite que quer muito sair das ruas. Perguntado se consegue ficar de novo no abrigo ele diz que sim, mas, atordoado pela ação da bebida, não faz idéia nem onde fica o abrigo. “Bebo todo dia, amanheço com a cabeça doendo, não tenho remédio para tomar e bebo cachaça de novo e o problema só vai aumentando. Vou acabar morrendo, se não aparecer alguém pra mim ajudar vou morrer na rua”, teme Rosivaldo que conta que veio de perto, Eldorado do Carajás, onde morava com sua família. Em seu currículo ele diz ter sido lavador de carro, churrasqueiro e serviços gerais. E a saúde como está Josivaldo? “Péssima, péssima, dor no estomago nas pernas, dói tudo”, afirmou ele.
Texto e foto : Jornal Correio do Pará
2 comentários em “Cresce o número de moradores de rua em Parauapebas”
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Que pena, sinto desses coitados…
As autoridades de Parauapebas Deveria, criar algum projeto para abrigar esse povo…
Dinheiro não falta pra isso, eu creio…!
Obrigado…!