Roberval Vieira da Cruz, 34 anos, deveria tomar maracujina diariamente para ficar mais calmo diante da polícia. Por causa do nervosismo dele, vai voltar para a cadeia de Americano, na Região Metropolitana de Belém, de onde nunca deveria ter saído, na qual cumpre pena por tráfico de drogas, mas foi contemplado com saída temporária no Dia dos Pais e não mais voltou. Ontem (25), Dia de Natal, ele ganhou de presente um par de algemas da Polícia Militar.
Por volta das 16h30, Roberval estava na companhia de dois amigos na Rua Apóstolo Pedro, no Bairro Betânia, quando passava uma guarnição da PM em ronda. Ao avistar o grupo, os policiais militares resolveram fazer uma abordagem de rotina.
Imediatamente, Roberval entrou em pânico e se enfiou em um corredor de quitinetes próximo do local. A reação acendeu o alerta dos policiais, que mandaram que ele parasse e pediram seus documentos. Muito nervoso, ele disse que não tinha.
Os PMs perguntaram se ele tinha passagem pela polícia e, inicialmente, Roberval da Cruz negou. Logo em seguida, porém, disse que sim. Seu nome foi pesquisado no Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), que entregou o suspeito: ele tem contra si mandado de recaptura, expedido pela Vara de Execuções Penais, de Belém, onde cumpre pena por tráfico de drogas; e responde a processos por homicídio, em Parauapebas; e latrocínio, em São Luís (MA), o que o caracteriza como um indivíduo altamente perigoso, que agora terá bastante tempo para tomar calmante e praticar meditação. (Caetano Silva)