Quando hoje, segunda-feira, pela manhã, dia 23 de novembro de 2009, ao abrir manualmente o portão da minha casa para trabalhar ( a trave automática não funcionou por falta de energia) dei de cara, sentada em minha calçada, com minha vizinha Maria da Aflição. A mulher chorava copiosamente. Perguntei-lhe o motivo do pranto:
– Minha televisão e geladeira queimaram, dado os tantos apagões de ontem – respondeu a mulher ainda em prantos.
Conheço muito bem a senhora Maria da Aflição, uma valente trabalhadora, que luta pra sobreviver. Vai sofrer à falta de seus aparelhos domésticos, sem condições de comprar outros
Tentando uma forma de consolo, disse-lhe: “a culpa é da CELPA ( Centrais Elétrica do Pará S/A) uma empresa que podemos classificar de inoperante, irresponsável e perversa, sem o mínimo zelo para os usuários da cidade de Parauapebas”.
E continuei o desabafo: “é demais! Nossa população prejudicada reclama”. “É ouvida? Não! De que adianta tanta lamúria?
Lá de Belém, no conforto do Palácio Das Araucárias, a governadora Ana Júlia, que deseja o seu voto novamente, não quer saber do problema, e faz aquele gesto com o braço direito, mandando uma estupenda “banana” para cada um de nós, habitantes desta terra querida, miscigenação de brasileiros de todas as partes. E não fica só aí.
O prefeito Darci, que já fez “ o seu pé de meia”, ignora a situação, paga-nos com o desprezo o voto que lhe demos. Também pudera! Gaucho aprecia é chimarrão do Rio Grande do Sul, não tacacá, comida típica do Pará. Entenda, aí a diferença. Ninguém perde as suas origens facilmente.Está escrito no Livro do Sábios
E tem mais: nossa deputada federal Bel Mesquita, que poderia ser uma voz forte em nosso favor, é omissa, seu partido, é um forte aliado do governo federal, estadual e municipal, e ela não quer se indispor com os “companheiros”.Restou os nossos vereadores que, comprometidos com o prefeito, se calam, não ficam ao lado povo, não fazem pressão, porque é melhor ser governo do que oposição Rende mais.”
Enquanto isso, a CELPA deita e rola, sem nada resolver. Os apagões deverão continuar, embora pessoa como à senhora, dona Maria da Aflição derrame lágrimas pelas perdas sofridas.