Nesta terça-feira (31), o Ministério da Educação (MEC) publicou portaria renovando o reconhecimento de 823 cursos de graduação Brasil afora, contemplando dois de Parauapebas e cinco de Marabá, conforme apurou o Blog do Zé Dudu com exclusividade. A medida vai proporcionar a continuidade de bons cursos oferecidos na região e tem ainda mais importância para Parauapebas, que atualmente tem menos universitários em cursos públicos que o vizinho minúsculo Canaã dos Carajás. Canaã assumiu posição de polo universitário na microrregião e, entre os municípios mineradores de Carajás, só fica atrás de Marabá.
A portaria do MEC reconhece a permanência e a validade, em Parauapebas, dos cursos de Administração e Agronomia, ambos ofertados pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) com oferta de 50 vagas anuais. Esses dois cursos estão entre os melhores do país, inclusive o de Administração do campus da Capital do Minério tirou nota 5 (nota máxima) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2018.
Em Marabá, os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia Civil ofertados pelo Centro Universitário Pitágoras e as graduações de Psicologia e Geografia, ambos pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), também receberam renovação de reconhecimento. Juntos, esses cinco cursos de graduação de Marabá movimentam em quatro anos 1.000 estudantes universitários.
Panorama do ensino superior
A portaria de reconhecimento de cursos do MEC é fundamental para garantir a continuidade de oportunidades de ensino superior pelo país. Para Parauapebas, ela é vital porque o município segue sendo o mais carente, entre os com mais de 200 mil habitantes, no tocante à oferta de vagas em faculdades públicas e privadas. Hoje. Parauapebas tem apenas seis cursos regulares fixos (cinco da Ufra e um do Instituto Federal do Pará), além de três em implantação pela Universidade do Estado do Pará. Parauapebas tem três campi de faculdades particulares de médio porte e todas as matrículas de pessoas daqui, entre presenciais e a distância, não chegam a 6 mil. Parauapebas tem hoje 10.500 cidadãos com diploma universitário e 4.900 com ensino superior completo.
Já a situação de Marabá é mais confortável. O município é o terceiro maior polo acadêmico do Pará, depois de Belém e Santarém, e um dos mais influentes da Amazônia. Marabá tem, atualmente, 18 mil estudantes universitários, um público jovem no ensino superior que daria para criar uma cidade do tamanho de Eldorado do Carajás só com estudantes de faculdade. Hoje, Marabá tem 16.300 pessoas com nível superior completo e outras 9.500 com superior incompleto.