Por Paulo Costa – correspondente do blog em Marabá
Sem conseguir a classificação para o Parazão 2014, o Águia de Marabá não é mais time da elite do campeonato estadual e teve seu elenco pulverizado entre outros clubes país afora e agora a diretoria terá de “procurar o que fazer” no período do primeiro semestre do próximo ano.
Um dos fatos estranhos e obscuros foi a dispensa de cinco jogadores do elenco antes da partida decisiva na Segundinha do Parazão. A diretoria – leia-se dupla Ferreirinha-Galvão – chegou à conclusão que esses atletas, entre os quais o atacante Kenno, estariam fazendo corpo mole na reta final da classificação porque tinham recebido propostas de outros clubes.
Mas não houve explicação alguma à imprensa local sobre que corpo mole seria esse. Numa avaliação objetiva, chega-se à razoável e simples conclusão de que Kenno foi mais objetivo na Segundinha do que o colega de ataque, Danilo Galvão, filho do treinador João Galvão, que fez uma boa Série C, mas não emplacou no Paraense, chegando a perder a vaga para o suplente Roberth.
Tão logo Kenno foi sacado da equipe porque estaria encantado com propostas que recebeu, Ferreirinha e Galvão esperaram apenas o golpe final no Paraense e já passaram a alardear para a Imprensa de Marabá e Belém que Danilo Galvão teria recebido 10 propostas de outros clubes do País. Foi uma jogada de marketing para tentar catapultar o filho do treinador.
Não dá para entender as contradições da diretoria aguiana, que já perdeu a força de duas torcidas organizadas e aos poucos foi perdendo a credibilidade do torcedor comum. E foi por isso que os últimos dez jogos do Águia em casa tiveram uma torcida diminuta e uma renda pífia.
Sem o Águia representando Marabá no Parazão, o município agora terá de contentar-se com o miscigenado debutante Gavião Kirkatêjê, equipe da aldeia indígena Gavião, no vizinho município de Bom Jesus do Tocantins e que mandará seus jogos em Marabá. Mas engana-se quem pensa que o time indígena terá o peso da torcida do Águia.
O Gavião não caiu nos braços dos torcedores de Marabá, como querem fazer crer sua diretoria – dois deles oriundos do Águia e que saíram do time “mordidos” com Galvão e Ferreirinha.
O empresário Tarcísio Marques, um dos patrocinadores do Gavião Kirkatêjê é o espelho de quem não acredita mais na diretoria do Águia, que tem uma composição que funciona para reeleição vitalícia de Ferreirinha, que por sua vez blinda João Galvão, aquele único técnico do Brasil que sobrevive no comando ininterrupto de um time de futebol há mais de cinco anos.