De cinco empresas interessadas em executar o maior pacote da história de construção de pontes de concreto na zona rural de Parauapebas, só uma foi devidamente habilitada. A empreiteira SPE Engenharia está com tudo “ok”, enquanto os gatos JC Projetos e Construções, Belmonte, MCS e Círio vacilaram em algum dos quesitos exigidos pelo edital do certame, que está oferecendo R$ 9,3 milhões para erguer 9 pontes em diversos trechos de estradas vicinais. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu nesta sexta (27). A licitação está dividida em dois lotes, e foi levado em conta a distância entre a sede urbana de Parauapebas e o local exato das pontes.
Do lote 1 fazem parte as estruturas das localidades denominadas Nazareno (a 42 km), Palmares 2 (25 km), Acesso à Arrailândia (60 km) e Vicinal Bobó (70 km).
Já no lote 2 estão as estruturas da Cachoeira Preta (90 km), Baixão do Miranda (80 km), Vicinal Jardim Simplício (50 km), Vila Carimã (45 km) e a ponte do Rio Novo na Palmares 2 (25 km). Ao todo, 260 metros de pontes serão entregues aos colonos.
Para mapear as estruturas mais urgentes, a Secretaria Especial de Governo (Segov), autora da licitação, considerou o fato de que as pontes localizadas nas principais vicinais do município são essenciais para garantir o acesso à zona rural e a circulação das mercadorias dos colonos. A maioria delas, no entanto, é de madeira e exige frequente manutenção corretiva, o que gera alto custo ao erário e constantes transtornos à população campesina.
O titular da Segov, Keniston Braga, observa que, além do trabalho de reestruturação urbana que a prefeitura vem desenvolvendo na cidade, por meio do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap), a requalificação da infraestrutura rural também está no radar de investimentos, tanto por meio de pavimentação de estradas quanto em construção de pontes essenciais. Essas ações constam, inclusive, do Programa Municipal de Investimentos (PMI), que Braga dirige. “Em várias localidades, as pontes existentes encontram-se completamente deterioradas, de modo a colocar em risco a segurança dos cidadãos que trafegam pelas vicinais,” observa o gestor, destacando que a administração municipal busca melhorar as condições de vida da população do campo.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção de pescado no município movimenta anualmente R$ 1,5 milhão, enquanto a produção de leite, ovos e mel rende R$ 5,2 milhões. As lavouras rendem R$ 126,63 milhões à economia local. O campo tem potencial de incremento à economia local enorme, e estradas em boas condições garantem o escoamento da produção