A Hidrovias do Brasil, empresa do ramo de logística que opera no Brasil e no exterior anunciou US$ 300 milhões em investimentos no setor, com novos sócios em sua composição.
Um dos principais focos com parte do valor, agora passa a ser o corredor Norte como nova rota de exportação, por meio dos rios Tapajós-Amazonas, entre Miritituba e Porto da Vila do Conde, no Pará. A intenção é buscar interligação com o modal rodoviário em Mato Grosso, que concentra grandes produtores, diminuindo a distância para a exportação pelos portos dessa região.
A empresa é audaciosa e quer dar início à operação já no primeiro semestre do ano que vem, com investimentos em torno de R$ 1,4 bilhão e capacidade de 5 milhões de toneladas de grãos por ano.
“Nesta primeira fase toda a capacidade já está concentrada”, disse o presidente Bruno Serapião, em entrevista ao O Estado de São Paulo. É prevista a construção e operação de um terminal de transbordo rodo-fluvial em Miritituba, navegação de 1,2 mil km.
De acordo com a reportagem, além da infraestrutura dos terminais, o projeto prevê a compra de frotas de barcaças e empurradores (máquinas que movimentam as barcaças pelos rios). Na primeira fase deve ser feita aquisição entre 100 e 150 barcaças e entre 5 e 7 empurradores, todos do mercado interno.
No último levantamento da safra geral de grãos, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou para o ciclo 14/15 cerca de 49,7 milhões de toneladas para Mato Grosso, cerca de 4,4% maior em relação ao anterior, quando foram 47,7 milhões. A área de cultivo passou de 13,3 milhões de hectares para 13,6 milhões. O Sudeste é principal rota de escoamento da produção, no entanto, as condições das estradas refletem nos preços do frete e perdas na produção.