A longa novela envolvendo sindicatos e Prefeitura Municipal de Canaã chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (21). O prefeito Jeová Andrade se reuniu com sindicatos em Belém e concedeu um reajuste de 12,92% aos servidores públicos municipais de Canaã dos Carajás. O ato acontece um dia depois da decisão que o reconduziu ao cargo de prefeito ser anunciada. A reunião que resultou no acordo começou a ser realizada pela manhã e se estendeu até as 14 horas.
De acordo com Arleides de Paula, chefe de gabinete da Prefeitura Municipal, a proposta veio do próprio prefeito: “Jeová participou da reunião e decidiu fazer uma proposta ousada para a classe de
servidores públicos. Os sindicatos aceitaram a oferta e na sexta-feira ela irá para a homologação com o desembargador. Então, hoje nós entramos em uma proposta consolidada e assinada pela Prefeitura e Sindicatos.”
O reajuste das perdas salariais será dividido em três anos. Para 2018, o reajuste de 4,30% começará a valer no segundo semestre e terá efeito retroativo desde janeiro. Em 2019 e 2020, o reajuste também será de 4,30%, somando-se a isso também os índices inflacionários referentes a cada ano.
Arleides explicou também que, com a proposta, todas as perdas salariais até o ano de 2018 estão encerradas. Ainda não se tem uma estimativa exata do quanto o reajuste representará de aumento na folha de pagamento, mas a chefe de gabinete acredita que o valor deve ser superior a R$500 mil por mês: “Eu digo que esse valor é maior que R$500 mil porque quando se mexe no salário-base todas as outras coisas, como horas extras, acabam tendo o seu valor aumentado como reflexo do reajuste. No entanto, vamos sentar e fazer um cálculo exato para divulgar de maneira correta.”
Já o vale-alimentação, que também foi moeda de negociação do governo, permanecerá o mesmo.
A proposta do governo é menor do que o valor inicial pedido pelos sindicatos, 31%. Os servidores públicos do município ficaram em greve por quase 15 dias em 2018. Com a negociação feita, o governo municipal fecha a conta com o funcionalismo público. Arleides de Paula não descartou a possibilidade de haver cortes na folha de pagamento para que o compromisso seja honrado.