O martelo foi batido pela Anatel e toda a faixa de 6 GHz vai para o uso de Wi-Fi, o que representa um ganho para a Oi, os provedores regionais e as empresas de tecnologia.
As entidades travaram uma disputa na agência contra as operadoras Claro, TIM e Vivo, que entraram com um recurso a afim de que metade da frequência fosse destinada para outros fins.
A disputa, obviamente, remete também aos interesses comerciais de cada empresa envolvida, por mais que nenhuma tenha utilizado isso como argumento.
Tanto a Oi quanto todas as empresas unidas na Coalização Wi-Fi 6E possuem interesses na potencialização da banda larga, para amplificar experiências, já que a oferecem como principal produto.
Já as concorrentes Claro, TIM e Vivo estão fortemente concentradas no futuro da conectividade móvel e batalharam para que a faixa fosse destinada também para outros fins.
Emmanoel Campelo, relator da matéria na Anatel, citou a pandemia e destacou que redes Wi-Fi são cada vez mais essenciais no país.
Na prática, o espectro de 6 GHz vai complementar a experiência do 5G, pois os usuários terão a oportunidade de chegar em casa, migrar para o Wi-Fi 6E e ter a mesma experiência de velocidade e baixa latência.
A decisão acompanha os EUA e a Coreia do Sul, dois países que também destinaram a faixa exclusivamente para o uso de Wi-Fi.
Por sinal, trata-se de uma decisão histórica, visto que há mais de 20 anos uma faixa não era liberada para conexões fixas.
Devido a essa questão, muitos encontram congestionamentos em suas redes domésticas, especialmente usuários que vivem em apartamentos.
São os tradicionais problemas onde o consumidor contrata uma velocidade, mas recebe uma bem inferior, no processo que onde a entrega é alta, mas a distribuição tem pouca vazão.
Com informações de Anatel e ÉPOCA Negócios