Brasília – Apelando para o jeito mineiro de ser, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na tarde desta terça-feira (8), em evento em Belo Horizonte, que “nunca ter afirmado que seria candidato à presidência da República”, mas “que ainda não avaliou plenamente o convite” de seu partido para lançar-se candidato.
“Em breve, o PSD deve ter uma definição em relação a sua posição nacional. Isso naturalmente me envolve. Farei parte dessa discussão, mas não necessariamente como candidato”, disse.
Tudo indica que o senador será a primeira baixa da terceira via na corrida presidencial. Em inúmeras ocasiões, o presidente do partido, Gilberto Kassab, declarou publicamente que o senador é a escolha nº 1 da sigla para ter candidato próprio na corrida ao Planalto. Mais recentemente, Kassab passou a dizer que, se Pacheco não quiser entrar na disputa, o PSD poderia lançar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (RS) — até agora filiado no PSDB —, ou o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, hoje sem partido.
O governador gaúcho já declarou que não quer concorrer à reeleição em seu estado. Aliados garantem que as conversas para sua possível migração e de seu grupo político para o PSD caminham bem, mas ele tem dito reservadamente só irá se for para disputar o Planalto. Isso porque Leite teria que renunciar ao cargo no governo do Estado até 2 de abril e mudar de partido, ou seja, mudanças muito grandes para que ele não fosse o principal nome do novo ninho em outubro.
Senadores próximos a Rodrigo Pacheco apostam que ele está de olho na sua reeleição para a presidência do Senado, mas, “é preciso entregas e até agora ele não entregou nada, nenhum projeto de peso nacional foi aprovado com o seu emprenho, e o episódio do Alcolumbre adiando a sabatina de André Mendonça sem que ele tomasse qualquer medida pegou mal”, criticam seus opositores.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.