A Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, braço da Secretaria Municipal de Segurança Institucional (Semsi), divulgou na edição desta sexta-feira (5) do Diário Oficial do Município um extenso relatório com fatos e fotos que auxiliaram o prefeito Darci Lermen na decisão para decretar situação de emergência na última terça (2), em face do incêndio que consumiu grande parte do prédio da Prefeitura de Parauapebas na semana passada.
O balanço é importante porque traz informações aeroespaciais e técnicas, bem como esclarecimentos do ponto de vista da operação de combate ao fogo, que subsidiaram o Decreto nº 681, além de ter como anexos boletim de ocorrência policial registrado na 20ª Seccional de Polícia Civil, parecer do Corpo de Bombeiros e registro formal no Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Pelo relatório, a cronologia do sinistro foi a seguinte:
- 10h30 — incêndio foi iniciado e logo tomou grandes proporções
- 10h40 — brigada de emergência chega ao prédio da prefeitura
- 11h ― instaurado Plano de Contingência Municipal, com registro no Sistema Integrado de Informações de Desastres, do Ministério do Desenvolvimento Regional
- 12h ― aeronaves da multinacional Vale são destacadas para ajudar a combater o incêndio
- 17h25 ― incêndio é quase controlado, mas bombeiros entram no prédio da prefeitura a fim de combater eventuais pequenos focos
- 20h ― operação é oficialmente encerrado
Conforme o balanço, os pavimentos da Prefeitura de Parauapebas onde estavam abrigados vários órgãos públicos tiveram diferentes desfechos na destruição, a saber:
- Térreo ― afetado, mas sem danos materiais aparentes
- 2º pavimento ― afetado pela grande quantidade de água e fluidos utilizados na operação
- 3º pavimento ― destruição total ou parcial, com rachaduras em paredes e colunas da estrutura
- 4º pavimento ― destruição total ou parcial, com rachaduras em paredes e colunas, bem como com sinais de comprometimento estrutural na laje
O relatório não é conclusivo sobre a possibilidade de desabamento do prédio, uma vez que essa não é sua finalidade. Segundo o documento, a análise das condições infraestruturais necessitam de “análise técnica especializada para o fechamento das considerações”. Ainda assim, ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil foi informado que o incêndio consumiu completamente dois pavimentos do prédio, “consequentemente ocasionando colapso estrutural”.
O sistema também recebeu comunicado de que móveis, equipamentos eletrônicos e todos os documentos que estavam na Procuradoria-Geral do Município (PGM), na Secretaria Municipal de Administração (Semad) e no Gabinete do Prefeito foram consumidos pelo fogo. Agora, cabe à perícia técnica desvendar a origem do incêndio e pautar a decisão quanto ao futuro do prédio da prefeitura: se será reformado ou completamente reconstruído.