O delegado de Polícia Civil William Crispim, titular do Departamento de Homicídios da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Marabá, anunciou na manhã desta sexta-feira (31), em coletiva, que vai pedir à Justiça a prisão preventiva de Vinícius Nogueira Gatti, 32 anos. Na noite de quarta-feira (29) ele atirou contra a cabeça do amigo Fabbllu Ohara de Lima Gonçalves, ao manipular uma pistola.
A tragédia aconteceu na casa de Gatti, na Rua Simplício Costa, Bairro Novo Horizonte, e Marabá, onde ele, Fabbllu e outros amigos bebiam e batiam papo. Gatti passou a exibir a arma e foi aconselhado pelos amigos a guardá-la, temendo que, inadvertidamente, ele apertasse o gatilho e viesse a atingir algum deles. O que de fato aconteceu.
Vinícius Gatti não atendeu aos amigos e, em vez disso, passou a apontar a arma para cada um deles, em tom de brincadeira. Ao dirigir o cano da pistola na direção do amigo Fabbllu acabou apertando no gatilho atingindo a cabeça do acadêmico de Direito, que iria se formar em junho próximo e deixou órfão de pai uma criança de dois anos de idade.
Após o suposto acidente, todos os demais amigos que estavam na casa correram do local, imaginando que Gatti estava acometido de um surto nervoso e poderia matar mais alguém. Logo após ele saiu e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), comunicando o fato e pedindo socorro ao amigo, mas disse que a porta estava fechada e que teria de ser arrombada, sendo repreendido pelo médico regulador.
Na oportunidade, ele disse que havia atirado no amigo acidentalmente, mas, logo em seguida, mudou a história afirmando que a arma havia caído e disparado. Ademais, identificou-se como Vítor e, depois disso, desapareceu.
Na coletiva, o delegado disse que, como Vinícius Gatti não se apresentou espontaneamente, já que alegava ter sido o tiro acidental – o que foi confirmado pelas pessoas que estavam na casa dele, todas localizadas e já ouvidas em depoimento –, determinou que equipes da Polícia Civil fizessem buscas pela cidade a fim de tentar localizá-lo e prendê-lo, mas a ação não teve sucesso.
Diante disso, o delegado William Crispim considera que Gatti, ao apontar a arma para a cabeça de várias pessoas e, por último, acabar matando o amigo, assumiu o dolo eventual – crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir. Por isso, vai pedir a prisão preventiva dele. Caso não seja localizado e preso, o acusado passa a ser considerado foragido da Justiça.
Por Eleuterio Gomes – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Marabá