A aliança entre PSDB e DEM já passou por dias melhores. Os presidentes das duas legendas se encontraram nesta sexta-feira (25) e, mais uma vez, o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano José Serra (PSDB) não foi definido.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), rejeitou a proposta apresentada pelo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), de encampar o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) como vice de Serra. O DEM não abre mão de indicar o vice do tucano.
O vice-presidente do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), afirmou ao Congresso em Foco que conversou com Rodrigo durante o primeiro tempo do jogo entre Brasil e Portugal. “Essa hipótese não existe”, disse Rodrigo Maia a Caiado naquela ocasião.
Contudo, após algum tempo, Ronaldo Caiado soube por meio da imprensa que o PSDB estava cogitando indicar Dias. O deputado goiano avalia que seu partido foi desrespeitado pelos tucanos e afirmou que defenderá o fim da histórica aliança com o PSDB. “Numa aliança, é preciso respeito recíproco.” A aliança nacional do DEM será realizada na próxima quarta-feira (30).
Para Caiado, ao apresentar o “peso morto” Dias como vice de Serra, o PSDB “trocou o Brasil pelo Paraná”.
Além de Álvaro Dias, o nó político no Paraná envolve o senador Osmar Dias (PDT-PR), irmão de Álvaro, e o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB). Estes últimos com intenções de disputar o governo local.
Os tucanos no Paraná decidiram dar legenda para Richa disputar o governo. Nessa chapa, Osmar Dias sairia ao Senado. Assim, para acomodar Álvaro Dias, sobraria a vice na chapa de Serra.
Assim, o palanque paranaense para a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, estaria inviabilizado. Hoje, com uma eventual candidatura de Osmar Dias ao governo, Dilma teria esse espaço no estado. (AE)
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