Brasília – Dois grupos políticos, um liderado pelo governador de São Paulo, João Doria, e o outro pelo deputado federal Aécio Neves, disputam uma guerra internada pelo controle do Diretório Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em meio ao “tiroteio”, o deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA) tenta se esquivar do confronto cada vez mais acirrado entre os grupos antagônicos da legenda devido a escolha das regras das prévias tucanas prestes a serem realizadas.
“Agora, o voto de Sabino pode ser decisivo para a escolha das regras das prévias tucanas que definirão o candidato da legenda para 2022. O parlamentar faz parte do círculo de aliados mais próximos de Arthur Lira na Câmara”, declarou Aécio Neves.
Aliados de João Doria defendem que o parlamentar paraense seja excluído da votação que definirá as regras, Aécio Neves faz de tudo para que o deputado seja considerado.
O deputado tucano Celso Sabino voltou a ser um problema para a cúpula do PSDB, que tenta expulsá-lo desde o ano passado por sua adesão ao Centrão.
Prévias indefinida
Discutindo estratégias para buscar uma candidatura de centro à Presidência da República, o PSDB começa a discussão das prévias já dividido. O deputado Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati, defende sua realização apenas em 2022, de preferência em maio, enquanto o governador de São Paulo, João Doria, aposta na data definida pelo grupo especial que trata do assunto: 17 de outubro. O ex-deputado Marcus Pestana, um dos participantes da comissão criada para definir as regras e as datas das prévias teme que, ao adiar as prévias para o ano que vem, o partido pode perder a frente de discussão sobre quem será o candidato de centro. Aécio e Tasso entendem que o partido, ao definir um candidato, já fecha caminhos para o entendimento com outras siglas.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.