Objetivo é discutir sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós. O plebiscito sobre a divisão do Pará ocorrerá no dia 11 de dezembro.
Parlamentares fizeram nesta quinta-feira (4), no Congresso, o pré-lançamento das frentes pró-divisão do estado do Pará para a criação dos estados de Carajás e Tapajós. O objetivo é ampliar a divulgação do movimento de separação. Outras duas frentes contra a divisão também devem ser criadas em breve.
“O projeto dos novos estados dispensa apoio financeiro do governo federal”, garante o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que é líder da frente em favor de Carajás. Segundo ele, não constará no projeto a obrigatoriedade da União em repassar recursos.
“O estado de Carajás nascerá com a maior capacidade de investimento do país no primeiro ano”, comenta Queiroz. O deputado afirma que o estado terá um custeio de R$1,8 bilhão por ano para manutenção.
“É a primeira vez na história que uma nova unidade federativa será criada por meio de um plebiscito”, afirma o deputado Lira Maia (DEM-PA), líder da frente a favor de Tapajós. Segundo Maia, o plebiscito será feito em todo o estado do Pará, não apenas nas regiões que serão emancipadas.
O plebiscito sobre a divisão do Pará ocorrerá no dia 11 de dezembro, quando os eleitores do estado responderão se concordam ou não com a criação dos dois novos estados. Nesta sexta-feira (5) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discutirá em audiência pública as regras para o plebiscito.
De acordo com o deputado Lira Maia, a incorporação de novos recursos transferidos aumentará a renda per capita do paraense em três vezes. “Tapajós será o terceiro maior estado da federação”, afirma. Para ele, a divisão do estado é o maior projeto de desenvolvimento que se discute para o Pará.
A representatividade política da região irá aumentar. Serão 30 deputados federais, contra 17 da atualidade. Os senadores passarão de três para nove. “Isso aumenta o poder político e favorece o aumento de investimentos”, diz o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA). Para ele, o resultado é que o governo do estado fica mais próximo da população.
Fonte: G1