A Vale enviou nota avisando que a Ferrovia Carajás passaria por manutenção na semana passada e que havia cancelado as viagens programadas para a data, sem contudo mencionar o acidente. Segundo informações do IBAMA, aproximadamente 236 mil litros de óleo diesel teriam vazado no local, provocando um grande impacto ao meio ambiente.
Um acidente de grande proporção ocorreu na madrugada do dia 08 de junho, na Estrada de Ferro dos Carajás, na altura do KM 640, entre as cidades maranhenses de São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.
Segundo informações preliminares do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, após descarrilamento do trem da Vale, dois vagões transportando óleo diesel explodiram e outros dois perfurados no acidente vazaram no local. Cada composição tem capacidade para carregar 118 mil litros de combustível.
Dois analistas ambientais do IBAMA de Imperatriz (MA) foram enviados ao local para perícia. “Até o momento não temos elementos para dizer sobre os impactos ambientais desse acidente, mas sabemos que foi próximo a pequenos cursos de água o que inevitavelmente poderá sofrer contaminação”, explica o gerente executivo do IBAMA de Imperatriz, Orlando de Assunção Filho.
Para uma primeira perícia, foi necessário o uso de helicóptero, pois o calor do fogo não permitia a chegada dos analistas do IBAMA até o local.
Providências
Um dos objetivos da perícia no local é avaliar o Plano de Emergência Ambiental da Vale, (PEA), além das responsabilidades da mineradora diante do ocorrido. “Já encaminhamos o laudo para a superintendência do IBAMA de São Luis(MA) e Brasília (DF)e nas próximas horas já sabemos o que será aplicado de sanção para Vale, dependendo do que ocorreu, no solo, na água e no ar”, diz Assunção.
Para a engenheira de Recursos Hídricos e Ciências Ambientais, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran de Açailândia (CDVDH – BC), Mariana De La Fuentes, o perigo que a Vale traz às comunidades é eminente, “Já estamos alertando há um bom tempo sobre o perigo da Vale carregando inseticida e combustível, a mineradora não poderia nunca cortar os povoados carregando produtos tóxicos,com certeza isso poderá acarretar em graves conseqüências ambientais.”, conclui.
Até o momento a Estrada de Ferro de Carajás está interditada, sem previsão de liberação, conforme informa o IBAMA.
Com informações do site Correio do Brasil