Do Valor Econômico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou em outubro R$ 14 bilhões, 5% a mais que o valor projetado pelo banco para o período. A informação foi dada ontem pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. De acordo com ele, a expectativa de desembolso para o ano permanece por volta dos R$ 150 bilhões. Coutinho participou de evento promovido pela Academia Brasileira de Ciências, no Rio de Janeiro.
“Se a demanda de fato se acelerar, nós poderemos chegar lá, vamos trabalhar eficientemente”, disse Coutinho, que destacou que a demanda de consultas nas linhas de operação indireta aumentaram em outubro. Ele também destacou que a posição “mais seletiva” dos bancos públicos para liberar empréstimos para empresas, em função do crescimento da inadimplência desde o ano passado, tende a se atenuar na medida em que a economia retomar o crescimento.
O ritmo mais lento de desembolsos tem levado o mercado a considerar que o governo pode decidir, mais uma vez, pela extensão do Programa de Sustentação do Investimento, com taxas de 2,5% para o financiamento de bens de capital, investimento e tecnologia, que tem previsão para se encerrar em dezembro. O prazo anterior era agosto.
“Em tese nós temos que trabalhar com o PSI até o fim do ano”, afirmou o presidente do BNDES, que evitou dizer se o programa será estendido ou não.
Coutinho reiterou ainda que há a previsão de que o empréstimo para a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, Pará, seja aprovado ainda neste ano. “Nós estamos trabalhando para concluir a aprovação este ano”, disse Coutinho.