O Pará foi o estado que mais desmatou na Amazônia Legal, em janeiro de 2012, de acordo com o Boletim de Desmatamento divulgado pelo Imazon. No total, foram detectados 33 km² de desmatamento na Amazônia Legal, nesse período. O Pará registrou 45% do desmatamento detectado em janeiro de 2012, seguido de Rondônia (33%), Mato Grosso (12%), Amazonas (9%) e Acre (1%).
De acordo com o Imazon, em janeiro de 2012, a grande maioria (88%) da área florestal da Amazônia Legal estava cobertas por nuvens. Isso comprometeu a detecção do desmatamento e da degradação florestal para esse mês através das imagens MODIS utilizadas pelo SAD.
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a janeiro de 2012, correspondendo aos seis primeiros meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 600 quilômetros quadrados. Houve redução de 30% em relação ao ano anterior (agosto de 2010 a janeiro de 2011) quando o desmatamento somou 856 quilômetros quadrados.
Em termos absolutos, o Pará lidera o ranking do desmatamento acumulado com 246 quilômetros quadrados, seguido por Rondônia (130 quilômetros quadrados), Mato Grosso (128 quilômetros quadrados), Amazonas (53 quilômetros quadrados), Acre (18 quilômetros quadrados), Roraima (14 quilômetros quadrados), e Tocantins (11 quilômetros quadrados).
Florestas
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 54 quilômetros quadrados em janeiro de 2012. O Pará foi responsável por 50% da degradação florestal, seguido pelo Mato Grosso (42%), Rondônia (7%) e Amazonas (1%).
A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2011 a janeiro de 2012 totalizou 1.433 quilômetros quadrados. Em relação ao período anterior (agosto de 2010 a janeiro de 2011) houve redução de 61% quando a degradação florestal somou 3.700 quilômetros quadrados. As maiores reduções ocorreram no Acre (-98%), Amazonas (-86%), Rondônia (-85%) e Pará (-69%) .
Carbono
Em janeiro de 2012, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 3,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente. No acumulado do período (agosto 2011 – janeiro de 2012) as emissões de C02 equivalentes comprometidas com o desmatamento totalizaram 40 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 38% em relação ao período anterior (agosto de 2010 a janeiro de 2011).
Localidades
Em relação a situação fundiária, em janeiro de 2012, a maioria (54,5%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (27%), Unidade de Conservação (17%) e Terra Indígena (1,5%).
Assentamentos
O SAD registrou nove quilômetros quadrados de desmatamento nos Assentamentos de Reforma Agrária durante janeiro de 2012. Os Assentamentos mais afetados pelo desmatamento foram Floresta Gurupi (Ulianópolis; Pará), Marechal Dutra (Alto Paraíso; Rondônia), Rio Juma (Apuí; Amazonas) e Acari, em Novo Aripuanã (Amazonas).
Áreas protegidas
Segundo o Imazon, o SAD detectou 5,5 quilômetros quadrados de desmatamento em Unidade de Conservação . As Unidades de Conservação que mais sofreram desmatamento foram: APA do Rio Pardo (Rondônia); APA Triunfo do Xingu (Pará); e APA do Lago do Amapá (Acre). No caso das Terras Indígenas, em janeiro de 2012 foi detectado menos de 1 quilômetro quadrado na Terra Indígena Apyterewa (Pará).
Municípios
Em janeiro de 2012, os municípios mais desmatados foram: Porto Velho (Rondônia), com 5,3 km 2 de desmatamento, São Félix do Xingu (Pará), e Cumaru do Norte (Pará) com 4,1 km² de degradação. O município Amazonense de Apuí é o único entre os dez mais críticos, com 1,8 km² de desmatamento em janeiro de 2012.
Fonte: A crítica.com