O Departamento Estadual de Trânsito do Pará (Detran) destruiu na, manhã de ontem (4), mais de 90 escapamentos irregulares de motocicletas, que foram apreendidos no mês de julho nos municípios de Tucumã e Ourilândia do Norte, no sudeste do estado. Os escapamentos, chamados de kadron, provocam barulho excessivo, com disparos que se assemelham a tiros.
A destruição dos equipamentos, que são colocados irregularmente nas motocicletas, aconteceu na Avenida Brasil, em Tucumã. Um rolo compactador foi usado para destruir as peças recolhidas durante a Operação de Veraneio, realizada no mês de julho em Tucumã e Ourilândia do Norte.
As operações de combate a essa e outras irregularidades no trânsito, assim também como a outros crimes, envolve as polícias Civil, Militar e Rodoviária Estadual. Segundo o Detran, as descargas kadron são proibidas pelo Código Nacional de Trânsito (Contran) e também pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
A Resolução 152 do Conama estabelece o limite máximo de ruído de 95 decibéis para descargas de carros e motos. Acima de disso, é considerado crime, passível de multas e apreensão dos equipamentos.
De acordo com o Cotran, além da multa aplicada ao dono do veículo é feita a remoção e apreensão do equipamento. Segundo agente Breno Barbosa, do Detran, as operações de combate a esse crime foi intensificada no mês de julho e atende a um apelo da população, que fez muitas reclamações pelo uso desses dispositivos nas duas cidades pelos condutores de motocicletas.
“Chegou até a nós esse apelo da população e intensificamos a fiscalização agora durante a Operação Veraneio e fizemos diversas apreensões”, informa o agente, frisando ainda que, além desses equipamentos irregulares, foram feitas a apreensão de motocicletas roubadas.
O agente destaca que a operação vai seguir no mês de agosto, por determinação judicial, para combater irregularidades no trânsito e outros crimes. Ele enfatiza que outra prática comum, principalmente por jovens, é retirar o retrovisor da moto, o que é outro crime.
“Isso pode provocar acidentes, muitas vezes fatais, sem contar que contribui para superlotar os hospitais”, acrescenta o agente.
(Tina Santos)