Até 31 de julho deste ano, o Departamento de Trânsito do Pará (Detran) planeja aplicar o sistema de telemetria em 15 municípios do Estado, no exame prático para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. Entre os municípios, Parauapebas, Marabá, Redenção e Canaã dos Carajás.
Regulamentado em dezembro deste ano no Pará, em cumprimento à resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o sistema consiste em câmeras de monitoramento e GPS integrados a um software. Dentro dos veículos de teste, há câmeras, gravadores de voz e sensores, para comprovar a competência do motorista e garantir maior transparência para o exame.
Segundo o Detran, os examinadores de todas as Circunscrições de Trânsito (Ciretrans) do Pará receberam treinamento específico para usar a telemetria. E os Centros de Formação de Condutores foram notificados acerca da novidade no Estado. “É um grande avanço, que garante mais legalidade e transparência no processo de habilitação, além do cumprimento das normas relacionadas ao trânsito. Dará, ainda, mais celeridade, autenticidade e legitimidade ao processo”, afirma o coordenador de planejamento do Detran, Valter Aragão.
A implementação do sistema pelo interior do Estado começará na próxima segunda-feira, 17, pelos municípios de Paragominas, Castanhal e Santa Izabel e faz parte do projeto Trânsito Seguro. Segundo o Detran, a telemetria não acarretará nenhum custo adicional para o usuário no processo de habilitação.
“Esse sistema é essencial, pois atesta que a pessoa fez o exame e que reuniu condições para poder ser um condutor habilitado. Só assim podemos formar e qualificar melhor nossos condutores, e isto com certeza irá refletir em um trânsito mais seguro para o Estado”, argumenta Aragão.
Conforme explicado pelo Detran, a telemetria controla a distância e tudo o que acontece dentro do carro na hora do exame, registrando todos os movimentos corretos e incorretos do candidato, somando as faltas indesejadas e que pesam no resultado final do teste.
Outra novidade, informa o Detran, é que as informações e gravações de vídeo e áudio obtidas nos exames realizados tanto em Belém quanto nas 15 Ciretrans do Estado serão enviadas para a Central de Operações, que fará o processamento dos dados e enviará os resultados para o Detran, onde ficarão armazenados pelo prazo de cinco anos.