Há 190 anos, em 9 de janeiro de 1822, o então príncipe regente do Brasil, D. Pedro I, foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa, ficando no Brasil.
A história conta que por volta de 1821, quando as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa mostraram a idéia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era seu retorno imediato a Portugal.
Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, eles pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.
A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses, para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil. Este episódio prenunciou a declaração de independência do Brasil que viria a ser proclamada em 7 de setembro de 1822.