Antônio Palocci Filho assumiu ontem a Casa Civil, tentando afastar a imagem de ministro mais poderoso do governo e ressaltando que sua missão será a de servir à presidente Dilma Rousseff. Aos servidores do ministério, foco do último grande escândalo do governo Lula com o tráfico de influência da ministra Erenice Guerra, disse: “Espero que todos vocês trabalhem com os melhores padrões republicanos, com os melhores padrões éticos”.
A primeira missão dada pela presidente Dilma Rousseff ao ministro da Casa Civil é espinhosa: buscar a pacificação do PMDB. O partido vive um momento de forte estresse no relacionamento com o PT, que se apossou de cargos importantes antes dominados pelos peemedebistas, como a presidência dos Correios e a Secretaria de Atenção à Saúde, e agora pretende avançar sobre a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
São postos que dominam orçamentos gigantescos e que têm presença em todas as regiões do País, o que dá uma grande visibilidade ao partido que os controla. Dilma teme que o PMDB inicie algum movimento de retaliação aos petistas em votações importantes, como a da medida provisória que fixou o salário mínimo em R$ 540,00.
A situação é tão grave que o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e o ministro da Justiça, Alexandre Padilha, tiveram um forte desentendimento, com acusações e xingamentos de parte a parte. Dilma convocou para hoje uma reunião do Conselho Político, que é integrado pelos líderes e presidentes dos partidos da coligação do governo. Quer dar início às conversações de paz no encontro, com a participação do vice-presidente Michel Temer.
Fonte: JC on Line
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