Com relação às denúncias apresentadas ontem pelo DIÁRIO, sobre as péssimas condições de conservação das estradas e rodovias paraenses, os órgãos responsáveis pela questão – leia-se Secretaria de Estado de Transportes (SETRAN) e a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – garantiram que ambos estão trabalhando para melhorar as condições de trafegabilidade em todo o Estado. A SETRAN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que apenas no ano passado foram investidos cerca de R$ 200 milhões na recuperação de estradas. ( Aonde foi parar esse dinheiro todo?)
De acordo com a Secretaria, com relação a PA-150, por exemplo, no trecho que vai de Marabá à Redenção, passando por Eldorado dos Carajás e Xinguara, as obras de recuperação “correm céleres com a melhoria da pista de rolamento, limpeza das laterais e bueiros. As onze pontes que apresentavam problemas também passam por reformas na plataforma e guarda-corpo devendo estar concluídas em breve”. ( Breve? termo muito vago não acham?)
A secretaria também afirmou que na PA-275, que liga Eldorado do Carajás a Parauapebas, foram construídas duas pontes e quatro galerias em concreto para dar vazão às águas da chuva, que teriam se tornado mais intensas em razão do desmatamento ocorrido na região nos últimos anos. “A PA-275 também recebeu asfalto novo nos trechos críticos. Além disso, foi feita limpeza das laterais, dos bueiros e das descidas d’água”, destacou a assessoria do órgão, negando as informações publicadas pelo DIÁRIO.
Com relação a PA-287, que liga Redenção à Conceição do Araguaia, a SETRAN diz que a estrada foi totalmente recapeada com asfalto de três centímetros e recebeu duas novas pontes em concreto que estão em fase de acabamento. A Secretaria admite a falta de acostamento, mas diz que esse “é o problema de sempre”. “As rodovias estaduais são planejadas e executadas sem acostamento para diminuir custo. Apenas no novo Estado do Tocantins, as estaduais já são feitas com acostamento”, finalizou a nota. ( Quem recebeu essa obra, quando entregaram, será que o responsável pegou o carro dele e andou pela PA-287 nos últimos dias? Aquilo tá que é só buraco e as pontes nem se fala)
FEDERAIS
Já a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) negou, por meio do supervisor de construção, engenheiro Carlos Antônio Pascoal, que haja problemas na BR-308, que liga Capanema e Bragança ao Estado do Maranhão, por dentro do município de Viseu.
Segundo Pascoal, a BR-155, antiga PA-150, ainda não foi completamente federalizada, por isso o DNIT ainda não está trabalhando nela. O SETRAN se manifestou, conforme citado acima, sobre a rodovia.
Sobre a BR-158, onde, segundo a reportagem do DIÁRIO, há diversas pontes inacabadas, buracos e trechos sem acostamento, o engenheiro disse que já está previsto um Contrato de Recuperação e Manutenção da Rodovia (Crema), mas não soube precisar quando as obras deverão começar. Ele informou que, na rodovia, há seis pontes e que algumas realmente estão precisando de “reparos”. Pascoal também admitiu a falta de acostamento na rodovia. Quanto aos buracos, o engenheiro afirmou que há duas empresas trabalhando na rodovia para a eliminação dos mesmos.
Para a BR-222, que liga Dom Eliseu à Marabá, Carlos Antônio ressaltou que já há um Crema previsto e que das onze pontes que estão sendo recuperadas, cinco já estão liberadas para o tráfego.
Com relação à BR-153, entre Marabá e São Geraldo do Araguaia, o supervisor de construção do DNIT relatou que já estão sendo feitos trabalhos de conservação e que o órgão também está tentando a liberação de um Crema para a rodovia, admitindo que ela necessita de uma “restauração mais efetiva”.(pelo menos isso ele admite, menos mal)
Perto dali, a BR-010, também está passando por trabalhos de recuperação, segundo o engenheiro. Ele disse que a rodovia tem duas equipes atuando na recuperação de buracos, mas negou o problema da aquaplanagem, relatado pela reportagem do DIÁRIO.
Finalmente, sobre a BR-422, que liga Novo Repartimento a Limoeiro do Ajuru, Pascoal informou que no trecho que vai de Novo Repartimento a Tucuruí o projeto de recuperação está em fase final de aprovação.
Já para o trecho que vai de Tucuruí até Limoeiro do Ajuru estão sendo contratados os estudos ambientais, os quais precedem os projetos de viabilidade técnica da recuperação.
Nota do Blogger: O que falta aos diretores responsáveis pelas estradas estaduais e federais no Pará é fiscalizar as obras. Verificar “in loco” onde estão sendo gastos os recursos. Algumas das PA’s citadas pelo Diário do Pará realmente receberam reparos no meio do ano passado, todavia, os trabalhos executados foram de péssima qualidade que seis meses depois as estradas estão acabadas. É preciso fiscalizar para onde está indo todo esse dinheiro (R$200 milhões) que o governo alega ter gasto. É vergonhoso você sair do Pará, tanto pelo Maranhão, quanto pelo Tocantins, e trafegar em estradas de boa qualidade, enquanto no nosso rico Estado a situação é deplorável. Há de ser feita uma auditoria para verificar onde foram gastos esses recursos, sob a pena do povo paraense ser obrigado a andar por rodovias em estado lastimável.