A quinta edição da pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro”, elaborada pelo Instituto Opinion Box, foi divulgada nesta quarta-feira (17). Encomendado pelo Serasa, o estudo faz uma análise compreensiva e estatística dos tipos de dívidas e os motivos que levam a ela, além de uma investigação inédita sobre os reflexos emocionais do endividamento no indivíduo.
Ao todo, foram entrevistados de forma virtual 5.225 consumidores da base de endividados do Serasa, 13% dos quais são moradores da Região Norte do país.
Sobre o cenário psicológico destes, foi constatado que 81% têm dificuldade para dormir e mais de 70% sofrem com surtos de pensamentos negativos e dificuldade de concentração por conta dos débitos, vencidos ou não. 58% sentem o impacto das dívidas em suas relações conjugais, com 31% reportando que afetam também seus relacionamentos com familiares.
“O sistema biológico é o primeiro a sentir os efeitos da preocupação com as dívidas”, observa Valéria Meirelles, psicóloga especialista na abordagem comportamental gerada pelo endividamento. “A ansiedade vai invadindo a rotina de quem busca incansavelmente uma solução. O endividado passa a viver com pensamentos voltados ao futuro, não consegue mais relaxar e, consequentemente, não se concentra nas suas tarefas habituais e nem consegue mais dormir com normalidade”.
Apesar do custo psicológico das dívidas, a pesquisa revela também que 71% dos respondentes da região estão confiantes em sua habilidade de quitá-las e recuperar o crédito. Outros 55% passaram a dialogar com suas famílias sobre soluções conjuntas e a importância da redução de gastos.
Fatores contribuintes para o endividamento no Brasil
O desemprego, apesar de estar em queda em relação ao ano passado, ainda é considerado a principal causa para o endividamento, apontado por 29% dos entrevistados. A seguir estão a redução da renda própria, com 12%, e o empréstimo do nome para alguém que não honrou o compromisso da compra (11%).
O cartão de crédito permanece a principal fonte de dívidas, impactando mais de 50% dos inadimplentes e seguindo a tendência do ano passado. Com o custo alto dos alimentos, a maior parte destas despesas correspondem a compras no supermercado, o equivalente a 65%. Entre outras categorias, apenas as contas básicas da casa viram alteração de 2021 para 2022 – uma queda de 32% para 19%.
Cresceu ainda, pelo segundo ano seguido, o número de pessoas que possuem débitos com mais de um ano de atraso. Dentre eles, a maior incidência diz respeito ao “empréstimo” do nome para terceiros, com 85%; 64% estão atrasados há mais de dois anos. “Desde que eu emprestei o meu nome, há 12 anos, eu não consegui mais me reerguer,” lamenta um entrevistado.
Um agravante das dívidas de longo prazo, é alta a porcentagem de pessoas que não se informam sobre os juros e taxas por atraso: 59% dos respondentes da pesquisa desconhecem os valores cobrados, não verificando-os antes de realizar uma compra. Apenas 12%, o equivalente a 627 pessoas do total de mais de 5 mil consultados, conhecem o custo das tarifas e juros por trás das suas dívidas.
Feirão ajuda a sair da inadimplência
“Para milhões de endividados, recomeçar significa ter o nome limpo novamente”, explica Matheus Moura, diretor da Serasa. “Por isso que o nosso propósito é ajudar o brasileiro não apenas a pagar suas dívidas e recuperar crédito, mas compartilhar ensinamentos de educação financeira”.
Com o objetivo de conter um novo recorde de inadimplência, o Feirão Serasa Limpa Nome vai até o dia 5 de dezembro, permitindo a renegociação de dívidas para aqueles que estão com o nome sujo na praça. Os descontos podem chegar a 99%, com a possibilidade de realizar o pagamento via Pix e da baixa da negativação em até 24h.
A consulta pode ser realizada pelo site da empresa, e pelo aplicativo oficial na Play Store (Android) e App Store (iOS). Além desses canais digitais, está disponível o contato pelo Whatsapp (11) 99575–2096 e ligando de forma gratuita para 0800 591 1222.
Ainda é possível realizar a consulta e negociação das dívidas de forma presencial, nas mais de 11 mil agências dos Correios distribuídas pelo país. Elas oferecem as mesmas condições dos canais digitais do Serasa, mediante o pagamento da taxa de R$3,60.