A Polícia Civil de Canaã dos Carajás ainda não tem pistas do responsável pelo assassinato do DJ Joncicley Noleto Santos, mais conhecido como DJ Jhonson, ou mesmo o que motivou o crime, ocorrido por volta das 22h da última sexta-feira (27). Ele foi abordado em seu veículo, durante a volta para a casa ao lado de sua esposa, Randara Martins da Silva, após a participação em um evento esportivo ocorrido no Residencial Carajás, quando dois homens se aproximaram e dispararam seis tiros contra o DJ. Duas das balas atingiram seu abdômen e uma delas atingiu seu ombro.
Ele chegou a ser socorrido, levado para um hospital particular de Canaã dos Carajás, mas não resistiu à gravidade dos seus ferimentos, sofrendo várias paradas cardíacas ainda no centro cirúrgico.
O DJ Johnson era uma figura conhecida em várias cidades da região. Envolvido em meios políticos, ele almejava um cargo público nas próximas eleições. Suas participações em redes sociais geraram bastante repercussão e polêmica, sobretudo sua página do Facebook, onde seus compartilhamentos, em sua maioria de cunho político, geralmente envolviam ou denunciavam o descaso da classe com o município.
A notícia de sua morte foi muito lamentada em seu perfil da rede social: “A sua morte nos pegou de surpresa e o levou de nós repentinamente. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que Deus dê conforto à sua família, para que possa enfrentar esta imensurável dor com serenidade”.
Randara também se manifestou pelo perfil do marido: “É com lágrimas nos olhos e o coração sem sentir nada que informo o falecimento do Jhonson. Deus levou ele pra morar no céu. Meu amor, Deus sabe de todas as coisas”.
Jhonson tinha 36 anos, deixa viúva e uma filha de quatorze anos. O caso será investigado pelo delegado Jorge Carneiro.
Ameaças em março
Segundo notícia veiculada pelo Blog Pedro Reis, em 28 de março deste ano, Jhonson registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil em Canaã dos Carajás, dando conta de que estava sendo alvo de falsas acusações, feitas em uma rede social, de ter articulado assaltos às casas de dois vereadores da cidade.
Na ocasião, ele deixou registrado também que, após ter sido alvo dessas calúnias, passou a receber ameaças de morte feitas por indivíduos de dentro do presídio, ligados a um dos seus acusadores.