Uma doença ainda não identificada tem afetado os índios Assurini que vivem na aldeia Trocará, região de Tucuruí, no Pará.
Três crianças morreram após apresentarem sintomas como febre alta, tosse, vômito e falta de ar. Duas delas faleceram no Hospital Regional de Tucuruí e uma quando estava a caminho de Belém, no último domingo. Outras cinco crianças foram transferidas para o Hospital Universitário João de Barros Barreto. Três delas permanecem internadas em situação estável e duas receberam alta após passarem por exames.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará informou que os primeiros resultados dos exames realizados pelo Laboratório Central do Estado e pelo Instituto Evandro Chagas descartaram infecções por H1N1 e coqueluche. Novas análises estão em andamento para avaliar a presença de outras doenças.
O Ministério da Saúde informou que investiga a causa das três mortes junto com o Distrito Sanitário Indígena da região e o Departamento de Epidemiologia do Estado do Pará. No dia 11 de agosto, uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena, a Sesai, chegou na aldeia e permanece no local para colaborar nas ações de assistência à comunidade.
O acesso à aldeia Trocará, localizada a 25 quilômetros de Tucuruí está restrito aos profissionais de saúde que atuam no local. Os índios da aldeia foram encaminhados para Tucuruí para a realização de exames. “Até o momento são episódios restritos entre os Assurini”, declarou o Roberto Borges Jr, que integra a equipe de profissionais de saúde que acompanham o caso.
Atualização às 15 horas de 27/08
O Instituto Evandro Chagas divulgou nesta terça-feira (26) o resultado de exames feitos em crianças da etnia Assurini, da aldeia Trocará.
A coleta foi feita em crianças internadas e também nas que residem na aldeia. Das treze amostras coletadas, sete deram positivo para três tipos de vírus respiratórios. Segundo a Secretaria de Saúde do Pará, eles provocam problemas como resfriado, coriza e febre baixa.