Paulo Costa – correspondente do blog em Marabá
O prefeito de Marabá, João Salame Neto é conhecido pelo discurso envolvente e pela defesa intransigente do Estado de Carajás. Sua formação em Comunicação Social e um mandato e meio como deputado estadual lhe credenciaram para falar com veemência sobre qualquer assunto e tornar-se um dos principais adversários do governador Simão Jatene no cenário estadual.
A assessoria de Salame enviou ao blog uma mensagem de final de ano, em que o gestor municipal faz um balanço de suas ações, focado sempre no que precisou fazer para desfazer os erros administrativos de seu antecessor, Maurino Magalhães de Lima.
E é baseado no que este texto não contém – e ainda nas entrevistas que Salame concedeu à imprensa marabaense no final de ano – que percebemos dois temas sobre os quais ele evita tocar agora.
O prefeito de Marabá não falou em nenhuma ocasião quantos quilômetros de asfalto ele concluiu em 2013. Na contabilidade informal de seu adversário político, deputado Tião Miranda, a pavimentação isolada em uma rua e outra da cidade não chegaram a 5 quilômetros, o que está muito longe dos 500 km prometidos durante a campanha eleitoral de 2013.
Salame apenas prometeu 300 km de asfalto até o final deste ano de 2014, fazendo uma matemática que dependerá de várias parcerias diferentes, entre elas governo federal, Vale e recursos próprios da prefeitura.
Outro assunto que o prefeito não tocou no segundo semestre de 2013 é o contrato de coleta de lixo com a Leão Ambiental, empresa que recebe mais de R$ 1,7 milhão por mês para realizar o serviço. O contrato da empresa foi assinado na gestão de Maurino Magalhães em 2009, questionado pelo Ministério Público na Justiça e criticado pela população, que sempre reclamou da qualidade da coleta.
O contrato com a Leão venceu no início de 2013 e Salame também se mostrou incomodado com o valor e a coleta mal feita dos resíduos sólidos. O gestor prometeu rever o contrato e até cancelar o mesmo. O contrato expirou em agosto e não se sabe se houve renovação ou não. Estranhamente, a Leão Ambiental mudou de nome (não se sabe por que e não houve publicidade ampla sobre o fato) e sua permanência na cidade parece que ganhou renovação de contrato por mais cinco anos. Mas esse é um assunto para o prefeito explicar.
4 comentários em “Dois assuntos sobre os quais Salame evita falar em Marabá após 1º ano de seu governo”
a leão foi comprada pela estre q é outra caloteira q tb trabalha pra vale.
sem falar no sr edivan,que esta intocado pelo prefeito.com denuncias de trabalhar com maquinas,da prefeitura na sua chacara particular
… Como se observa, fazer balanço de governo não é pra qualquer um.
Tá certo. Investir em educação não é favor de nenhum governante é um dever, uma obrigação…
Ele vai enrolar nas explicações como sempre fez. Sou professor e na gestão do Maurino pode ter errado em muita coisa, mas a educação sempre foi bem vista. Analise o crescimento do IDEB na gestão do Maurino. Planos de cargos e carreiras – conquista essa que o JS queria acabar-,Unico momento em que os professores fizeram a escolha do secretario de educação foi na gestão do Maurino. Na gestão MM eu consegui comprar meu carro e outros colegas também, professores que eram apenas contratado receberam 6 mil de bonificação. Tudo isso foi na gestão do Maurino. Hoje os professores do PROJOVEM URBANO estão a 4 meses sem receber e a merenda do projovem que é feita a maior propaganda nas cartilhas do MEC passa é longe do que é servida na gestão do Salame. Isso quando os meninos num passam é dia sem merenda e, quando vem é só biscoito Maria, isso é vergonhoso. Na educação o Maurino tem dado de 10 a 0 no atual gestor é só comparar!