Neuton Leno da Silva, 37 anos, e Márcio Silva Freire foram presos pela Polícia Civil na tarde de ontem, terça-feira (19), em Jacundá, em cumprimento a mandados de prisão expedidos pela Justiça do Maranhão. Eles são suspeitos de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo de carros, adulteração de documentos, falsidade ideológica e associação criminosa. Um veículo VW Voyage foi apreendido com a dupla.
Os investigadores Jefferson e Sidney, acompanhados da escrivã Karlivannya, montaram uma operação após receber a informação do major Rogério Pereira, da Polícia Militar, que identificou Neuton em um restaurante da cidade e o seguiu até a chegada da Polícia Civil. Os dois foram presos no início da Rua Getúlio Vargas, no centro da cidade.
O delegado Sérgio Máximo explicou à Reportagem que, primeiramente, o alvo era Neuton Leno, cujo mandado de prisão estava com a autoridade. “Quando verificamos o documento de Marcos Silva Freire que estava junto com Neuton Leno, descobrimos que se tratava de Márcio Silva Freire. Ele estava usando identidade falsificada”, explicou o policial. Os dois homens não reagiram à ordem de prisão e estão na Depol de Jacundá à disposição da Justiça.
No histórico da dupla são recorrentes os crimes de roubo, receptação de veículos e adulteração de documentos. Neuton foi preso em 2014, suspeito de envolvimento com uma quadrilha de roubo, desmanche e revenda de veículos. Sua participação era receptação e ele também era responsável por fazer a desmontagem dos automóveis.
Enquanto seu amigo Márcio é ex-servidor do Detran da Bahia e foi preso em setembro deste ano, acusado de cobrar R$ 45,00 por ponto em CNH, na retirada de pontuação de motoristas infratores do sistema. A prisão dele, que atuava como despachante em um posto do órgão de trânsito localizado na capital baiana, foi cumprida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que identificou alguns dos delitos do acusado.
A promotora de Justiça Ana Manuela Almeida, do Ministério Público da Bahia, explicou que Márcio Silva agia havia pelo menos dois anos. Ele oferecia os serviços fraudulentos em contatos feitos por telefone e pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. As investigações apontam que o então servidor, que tinha acesso a determinados sistemas do Detran, vendia o serviço de exclusão de pontos de CNHs.