Publicitário comandará campanhas de rádio e TV dos grupos que defendem a criação dos Estados de Carajás e Tapajós
Daniel Bramatti – O Estado de S.Paulo
O pequeno aeroporto de Redenção, no sudeste do Pará, teve um movimento atípico no dia 9 de junho. Fazendeiros, comerciantes e empresários do setor imobiliário pousaram em jatinhos e helicópteros para se reunir na cidade com o marqueteiro Duda Mendonça. Na pauta do encontro, a conquista de corações e mentes para a causa da criação do Estado de Carajás.
Proprietário de terras e criador de gado na região, Duda é um entusiasta do desmembramento do Pará em três, com a criação de Carajás, no sudeste, e de Tapajós, no oeste. Em dezembro, haverá um plebiscito sobre o assunto, e o marqueteiro vai comandar a propaganda que os dois comitês separatistas farão em rede estadual de rádio e televisão nos 40 dias anteriores à consulta popular.
Duda dará o tom até da campanha no lado contrário à divisão. É que os defensores da manutenção das atuais fronteiras do Pará falam abertamente em imitar peças publicitárias que ele elaborou, nos anos 80, contra a divisão da Bahia – então uma bandeira levantada por grupos do oeste do Estado.
Na época, as emissoras baianas exibiram um vídeo em que a cantora Maria Bethânia dizia que dividir a Bahia seria como “separar irmão de irmão”. “É como separar a corda do pau, calar para sempre o berimbau. É como separar Castro de Alves, Rui de Barbosa, Dorival de Caymmi, Caetano de Veloso.”
Inspiração. “Vamos mostrar que não se pode separar o tacacá do pato ao tucupi, o Rio Amazonas do Rio Tocantins”, revelou Zenaldo Coutinho, secretário da Casa Civil do governo paraense e um dos articuladores do movimento pelo “não” no plebiscito.
Os antisseparatistas também buscam se cercar de argumentos econômicos, como contraponto ao tom emotivo que costuma marcar as campanhas de Duda. “Queremos levar o debate para o campo da razão”, disse Coutinho, para quem os adversários se mostram “ora apaixonados, ora oportunistas”.
O secretário, que é deputado federal licenciado pelo PSDB, faz uma distinção entre os grupos do oeste e do sudeste. “Em Tapajós existe uma consciência emancipacionista que remonta há muitos anos. A defesa de Carajás é feita sobretudo pelo grande capital local e se vincula a um processo recente de ocupação territorial.”
De fato, os nascidos no Pará são minoria entre os articuladores do movimento pró-Carajás. Duda é baiano, e o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), principal articulador político da causa, é mineiro.
Economia. E não há dúvidas de que a elite econômica da região vai abrir o bolso para financiar a campanha pela cisão. “Temos uma certa facilidade de angariar fundos”, disse Luciano Guedes, prefeito de Pau D”Arco e presidente da Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás. “Já temos garantia de doações e vamos fazer leilões de gado para arrecadar recursos”, contou o deputado Queiroz.
No horizonte dos separatistas de Carajás está a expectativa de uma onda de investimentos de nada menos que US$ 32,8 bilhões até 2014, principalmente da Vale, nos setores de mineração e siderurgia. O número consta de estudo do economista Célio Costa, contratado para fazer um estudo de viabilidade do novo Estado.
A assessoria de imprensa do movimento afirmou que Duda Mendonça não será remunerado pela campanha separatista, mas que as despesas de sua produtora serão ressarcidas.
Na campanha de Tapajós, a eventual remuneração do marqueteiro não estava definida até a semana passada. “Podemos até contratá-lo”, disse o deputado federal Lira Maia (DEM-PA), um dos líderes do grupo. “O certo é que ele vai contribuir. Nossas tratativas estão começando agora.”
18 comentários em “Duda Mendonça fará marketing separatista no Pará”
O movimento separatista de Carajás é encabeçado por madereiros, grileiros, latifundiários, politicos com interesses escusos, forasteiros (inclusive o marqueteiro latifundiário)… Ou seja, os responsáveis pelo Pará liderar as listas de Trabalho Escravo, Desmatamento Irregular, Comércio de material florestal de procedência ilegal… é com esse tipo de gente que o Estado de Carajás poderá dar seus primeiros passos, desta forma imagine como será o futuro de um estado assim. Pará que te quero grande.
Ás vezes eu fico tocado com a ingenuidade de algumas pessoas. O Negreiros acredita mesmo que com mais políticos da laia do Giovani Queirós, Darci Lermen, Lira Maia teremos mais gente defendendo a região norte! Meu Deus!
a divisão já existe! quem conhece o para sabe que cada região que esta querendo a emancipação tem uma realidade. Só falta uma administração propiá.
Falam que o para vai perder verbas! quer dizer que o dinheiro arrecadado nesta região não é devolvido pra cá?Falam que os políticos desta região são ruins! e os de Belém são bons! falam que temos fazer investimentos, mas não sabem que cada deputado tem uma cota no orçamento da união e não querem aumentar o numero de deputados e senadores da região norte para termos mais força politica no congresso defendendo a região norte! vamos juntos dizer “sim” ao Carajás e Tapajós! para o bem e o desenvolvimento da região norte.
Não somos bobos, precisamos da divisão do estado só falta a concientização para a mudança dos nossos politicos. Vamos mudar a deixar esses velhos para trás.
por falar em plesbicito e em eleição, as pessoas que passaram no concurso municipal de Parauapebas e SEMAD, se apressem pois se houver o plesbicito em dezembro, 2011 os concursados de 2009, ainda não empossados deverão ser chamados até inicio de setembro, três meses antes da eleição ou o concurso irá prescrever. atenção SEMAD. ACORDEM!!!!!!!!!!
Sou a favor da criação do Estado do Carajás.
A única ressalva minha, é qualidade de nossos politicos regionais. Tomemos como exemplo a classe política de Canaã dos Carajás e Parauapebas, que está no de hoje e que esteve no poder ontem, os quais sempre comeraram o filé mignon do tributos advindos da exploração mineral. Aí eu pergunto: se esses caras não fizeram nada até hoje, porque ão de fazer em uma eventual criação do Estado de Carajás? Diante do exposto, eu acho que antes de mudarmos nossa ordem administrativa regional, nós como cidadãos devemos nos emancipar desses de político ineficazes que só querem mais uma ou mais tetas gordas pra mama. Estado de Carajás SIM! mas pra isso precisamos renovar nossa classe política, o que não se pode ser feito em menos de dois ou três ciclos eleitorais.
Faltou o Maurino e o Tião Miranda. Que cargos eles ocupariam nesse governo tão legal?
Imaginem só como seria o Estado de Carajás Darci Governador, Margalho no Tribunal de Contas, Odilon como Secretario de Segurança, Dr Jackson como Procurador Geral,Refribom Secretario de Comunicação,Anuar de Canaa como Secretario de Fazenda,o Prefeito de Nova Ipixuna no Senado,junto com o Giobanni Queiroz. Para terminar, o Asdrubal e a Bernadete Desembargadores..Éeegua do Estado!!
Zé Dudu,
O Marcos explicou muito bem o que eu quis dizer e por favor não cite o grupo leolar como um bom exemplo, pois é sabido que este grupo é um dos maiores sonegadores de impostos do estado.
Mariana, eu conheço muito bem a região sim pois a visito com bastante frequência. Aliás, estive em Xinguara e Redenção há duas semanas e estarei em Conceição do Araguaia em julho. Sempre estou nesta região do Pará. E conheço os seus problemas, que são reais. Mas há um equívoco quando dizem que o estado
é muito grande por isso tem que dividir. Estes novos estados teriam
uma população muito rarefeita, sendo que os dois teriam uma população
menor do que o município de Belém, excluindo região metropolitana
(Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Isabel e Santa Bárbara).Vejam a região Nordeste (MA, PI, CE, RN,
PB, PE, SE, AL,BA) é a região mais pobre do Brasil, enquanto que a
região sul (RS, SC, PR) é a mais desenvolvida social e economicamente.
No meu entendimento, o que falta é melhorar a gestão da administração
pública, devendo atuar com mais agilidade e competência, combater a
corrupção e os vícios dos serviços públicos, e aumentar os
investimentos na Educação, Saúde e Segurança Pública, com maior
capacitação dos profissionais da área e melhorias salariais e das
condições de trabalho. Creio que atuando desta forma, existem chances
concretas de resgate da dignidade dessa população do interior e de
todo o Estado do Pará.
Somos brasileiros, não somos forasteiros. Carajás, eu voto sim.
Puxa! Quanta covardia.
Maus políticos tem em todo canto… mas justificar isso para condenar uma região tão promissora e o fortalecimento da região norte por puro sentimento egoísta de não querer compartilhar administração do estado, é deplorável.
Quem busca a criação dos estados de Carajás e Tapajós não querem isolamento ou proibição ou mesmo julgar inadequada a entrada dos remanescentes do Pará nos novos estados. Aqui não será um Oriente Médio, ou uma Alemanha, pelo contrário queremos uma grande Europa sem fronteiras, com qualidade de vida para todos.
A transformação para melhor não será exclusividade dos novos estados, mas uma possibilidade real para grande parte do norte do país. Se vcs acham que os políticos não cumprem com a parte que lhes competem entrem na luta e façam a diferença, não podem cruzar os braços e dizer que não jeito.
Orgulho bobo e um estado em decadencia não serão favoráveis para ninguém.
Ajude a renovar a administração pública neste país que historicamente massacra os mais humildes e enaltece os corruptos, Carajás e Tapajós serão modelos para novos tempos, faça parte dessa história, procure um partido, faça a diferença, faça o certo. Bom dia.
Para uma ação do BEM, convoque os homens do BEM.
Mercenários são contratados para guerras sujas.
Nossa luta antes de tudo deveria ser popular, mas é claro, isso sim já seria demais.
Carajás é inevitável amigos, nem precisa vender ao alma ao diabo para que isso aconteça, veja nosso exemplo local, quando o povo quer… Quer e PRONTO!
Se é que vocês me entendem!
Mariana, e os politicos da região? Prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, nunca fizeram nada? O deputado mentor dessa divisão esta no congresso nacional há vinte anos, nunca fez nada?
Moro aqui e nunca soube que algum politico que luta pela divisão tenha feito algum beneficio pra nós.
Como diz o Marcos ai em cima; elês não fazem, para se benficiarem da desgraça do povo, e agora veem com essa conversa mole de abandono do Governo Estadual.
Se Estado pequeno fosse a solução, Acre, Sergipe, Alagoas, Tocantins, etc….. seriam os mais ricos do país.
Ao contrário são os mais pobres.
Será que o sr Gleydson conhece a nossa região com seus problemas, dificuldades e porque não dizer da necessidade de serviços públicos e desenvolvimento? O tamanho físico do Pará é grande demais. Hoje, pela manhã, vi pelo jornal na televisão que só temos, no Estado, 12 policiais para o controle de drogas, em especial as novas. Não me lembro qual emissora. Essa foi uma das notícias. Não é má administração do governo, mas como é possivel governar?
Dudu, não te faz de bobo, tu sabes muito bem o que o Gleydson quis dizer.
Concordo quando tu dizes que o Zenaldo é um paladino, pois ele não coaduna com as idéias de politicos forasterios, que nunca fizeram nada pela região sul e sudeste do Pará apesar de estaremm a vinte anos no congresso.
E sabes porque eles não fizeram, não fazem e não vão fazer, para se elegerem critcando o governo estadual.
Tentam esconder a inopernacia deles para se aproveitarem do povo.
O Zenaldo Coutinho tem razão. Por mais que seja insensatez a reinvidicação do povo do Oeste do Pará é mais legítima, uma vez que são paraenses de origem insatisfeitos com o governo do estado já há muitos anos, o caso de “Carajás” é oportiunismo puro, financiado pelo grande capital local e as elites econômicas da região que mal se apoderaram das riquezas locais e já se acham legítimos dono da terra. E contratrar o marqueteiro caixa 2 do Duda Mendonça só corrobora o tipo de gente que está por trás disso tudo.
Gleydson, quando você se refere as “elites econômicas da região que mal de apoderaram das riquezas locais” você se dá conta da banalidade que está dizendo? Quer dizer que o Grupo LEOLAR, Grupo Revemar, entre outros, que geram milhares de empregos e milhões em renda na região e que estão aqui há décadas são considerados por você como “oportunistas”? Creio que seria importante você rever seus conceitos para um melhor debate.
Citar Zenaldo Coutinho, o “paladino da não separação”, que só está investindo nisso por razões puramente eleitoreiras, não creio ser ponto positivo no debate.