É duvidosa a alegação apresentada pelo CNJ para suspender o mutirão carcerário no Pará

Continua depois da publicidade

O CNJ – Conselho Nacional de Justiça – suspendeu o mutirão carcerário realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). Alegando que segundo o supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF/CNJ), conselheiro Walter Nunes, a desorganização do sistema carcerário do Pará impede que o mutirão seja realizado corretamente, conforme os mutirões promovidos pelo CNJ. “Eles não sabem ao certo nem quantas pessoas estão sob custódia do Estado”, afirmou Walter Nunes.

Segundo informes extra-oficiais que circulam na área jurídica em todo Estado, corre à boca pequena o motivo da suspensão não foi esse.

Os juízes do CNJ que aqui estiveram para cooperar com o mutirão, estavam extrapolando nos seus direitos. Fazendo uso de uma arrogância sem fim, alguns deles teriam assumido irregularmente o papel dos juízes das comarcas, despachando processos, assinando mandados e alvarás de soltura. Só na comarca de Castanhal foram mais de cem processos.

Informado da situação, o ministro Cesar Peluso, presidente do CNJ, encaminhou resolução e determinou que fosse suspenso o mutirão no Estado.O pior de tudo isso foram as declarações, acima citadas, dos motivos da suspensão. Declarações que deixam o judiciário paraense em situação de descrédito perante a mídia nacional e a população, que se vê na situação de terem seus processos julgados por magistrados presumidamente incapazes, segundo alguns membros do CNJ, e refém de um sistema carcerário inoperante, que multiplica marginais quando deveria recuperá-los.

[ad code=5 align=center]