A assessoria do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) informa que uma sessão especial da ALEPA deverá esclarecer todas as dúvidas sobre as obras de derrocagem do Pedral do Lourenço, existente ao longo de 43 quilômetros do rio Tocantins, viabilizando, assim, a navegação de grande porte na hidrovia Araguaia-Tocantins, no Pará.
O assunto é alvo do requerimento apresentado pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues, nesta quarta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Pará, e foi resultado dos debates feitos pelos deputados, em plenário, na véspera, por conta da discussão do projeto de lei que institui a Semana da Mineração no Estado. A licitação para a derrocagem foi suspensa no ano passado, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), e nenhuma explicação tem sido dada à população sobre a não execução dessa obra.
Edmilson destacou que a obra tem papel preponderante para a viabilização da hidrovia, que criará um corredor de 2.794 quilômetros de extensão para o escoamento de minérios em grande escala, mas também de outros produtos do Pará, Mato Grosso, Goiás e Tocantins, rumo ao mercado exterior. Ele lembrou da articulação feita pelo presidente Lula com a Vale, que condicionou a instalação de grandes empreendimentos de verticalização do minério de ferro em solo paraense à construção da hidrovia. “Somente a superação desses pedrais tornará a hidrovia navegável para embarcações de grande porte, com capacidade para 19 mil toneladas, durante todo o ano. Atualmente, o trecho só é navegável para esse tipo de transporte durante o período chuvoso na região Amazônica”, observou.
O requerimento ainda será votado pelos demais deputados. Deverão ser convidados para a sessão, o Ministério do Planejamento, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Companhia Docas do Pará (CDP), Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (Ahimor), Governo do Estado, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Companhia de Portos e Hidrovias, Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), a Federação da Agricultura e da Pecuária do Pará (Faepa), Associação Comercial do Pará (ACP), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Universidade Federal do Pará, Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e todas as centrais sindicais e Federações de Trabalhadores organizadas no Pará.