O prefeito Aurélio Goiano está perto de completar 100 dias de governo e nada de entrar em acordo com os servidores municipais, que já dão sinais de cansaço. Mais ainda os educadores, que até este 31 de março não teriam recebido os seus salários.
O resultado dessa espera será decidido nesta terça-feira, 1º de abril, em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp), a partir das 18h, na sede administrativa da entidade. O indicativo é de paralisação da categoria por um dia, para pressionar a prefeitura a reabrir a mesa de negociação, inusitadamente fechada pelo governo por meio de ofício, atitude incomum na relação entre patrões e sindicatos de trabalhadores.
“Nos aproximamos dos 100 dias do governo Aurélio Goiano sem expectativa de mudanças. Já foram três meses de negociação, e o básico acordado entre o governo e os sindicatos, até agora, não foi cumprido”, reclama o Sintepp. Segundo o sindicato, a prefeitura ainda não pagou a rescisão dos trabalhadores temporários da educação e nem o retroativo de quem teve inconsistência na sua lotação, bem como não pagou o retroativo das progressões devidas.
Além disso, a prefeitura ainda não encaminhou para a Câmara de Vereadores o projeto de lei com o reajuste do auxílio-alimentação de R$ 1,3 mil para R$ 1,5 mil, conforme acordo com todos os servidores públicos municipais. “Como se não bastasse a negação de direitos por parte deste governo, ainda sofremos todos os dias ameaças de ataques ao nosso PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração)”, critica o Sintepp.
Os outros dois sindicatos – da Saúde (SindSaúde) e dos Servidores Municipais de Parauapebas (Sinseppar) – irão aguardar até esta semana uma resposta da prefeitura ao ofício em que solicitam, em caráter de urgência, a reabertura da mesa de negociação.