Os profissionais da área educacional de Jacundá ocuparam hoje, 20, por volta de 10 horas, o centro administrativo da Prefeitura de Jacundá. No início desta quarta-feira, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, do Tribunal de Justiça do Pará, considerou legítima a greve que teve início na terça-feira da semana passada e afeta as aulas de 9.584 estudantes matriculados na rede municipal de ensino.
O impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), subsede de Jacundá, e a gestão do prefeito Ismael Barbosa teve início nos primeiros dias de fevereiro. Ontem, 19, por mais de três horas, uma reunião entre os coordenadores sindicais Vanildo Pereira e Tony Gomes com a secretária de Educação, Leila Barbosa, não logrou êxito. “Ela é irredutível”, classificou Vanildo.
Segundo o Sintepp, houve “redução da jornada e salário de professores, em casos de até 50% do vencimento final, e transtornos com o excesso de trabalho de serventes e merendeiras”. Outra reclamação é referente ao Processo Seletivo Simplificado.
O tom da manifestação aumentou nesta quarta-feira com a ocupação do prédio sede da Prefeitura de Jacundá. Os educadores exigem reunião para encontrar uma solução para o problema. Os protestos ganharam força com a decisão do desembargador Roberto Gonçalves de Moura de negar liminar impetrado pela prefeitura, para que a greve fosse considerada abusiva.
A decisão de Moura contraria um parecer da Procuradoria de Justiça, que opinou pela manutenção de liminar outrora a favor da prefeitura. “Vamos continuar em greve”, afirmou Tony Gomes à reportagem. Até a tarde de hoje não houve manifestação da Secretaria de Educação (Semed) sobre o caso.