“Dossiê Coordenador Pedagógico: quem é e o que pensa esse profissional; a parceria eficaz com o diretor; as respostas para as principais dúvidas sobre a gestão da equipe docente; os conhecimentos que todo coordenador precisa ter”.

Essa foi a manchete de capa da edição 14 da Revista Nova Escola Gestão Escolar, da Editora Abril, para junho e julho deste ano. O charme da publicação, que destrincha a importância da formação e de encontros pedagógicos, está em uma de suas personagens citadas: a educadora Abneir Soares da Silva, coordenadora pedagógica da Escola Carlos Henrique, de Parauapebas.

Na reportagem intitulada “Diretor e coordenador: aliança pela qualidade”, escrita pela jornalista Noêmia Lopes, é citada a importância da parceria entre os coordenadores e a gestão escolar. O texto revela que um dos obstáculos para o fortalecimento dessa parceria é a ocorrência de imprevistos que podem ser resolvidos com a formação continuada. E é aí que a educadora de Parauapebas é convidada a pronunciar-se.

“Temos uma agenda de encontros quinzenais que, de acordo com a demanda, se tornam semanais. Porém, pode surgir uma reunião na Secretaria de Educação e mudar o cronograma. Quando isso acontece, reorganizamos o calendário e o nosso planejamento para não deixarmos de fora os encontros da equipe gestora”, contou Abneir.

Segundo a coordenadora, ela e suas colegas de função redigem pareceres sobre o processo de aprendizagem das turmas e os apresentam nas reuniões de gestores. “Assim, discutimos em grupo se as metas estabelecidas para a rede e na própria escola estão sendo atingidas e, caso não estejam, quais ações devemos implementar para revertermos o cenário. Esse debate dá segurança a todos e mais liberdade para conversar sobre o que não vai bem”, ressaltou a educadora à conceituada revista.

VISIBILIDADE

Esta não é a primeira vez em que a educação de Parauapebas é citada para o Brasil e para o mundo. E também não é à toa que em pesquisa encomendada por outra revista de circulação nacional, a Isto É, a educação municipal é o quesito mais bem avaliado, com 25% de excelência.

A saber, nos últimos sete anos, em nenhum lugar do Pará a educação avançou tanto quanto em Parauapebas. Graças a incentivos do governo municipal, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), várias conquistas puderam ser celebradas junto à população, a maior beneficiária de tanto esmero e esforço.

No ano 2000, o índice de analfabetismo municipal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estava na casa de 16,3% entre a população maior de 15 anos. Ao final de 2004, o índice muito pouco avançou: patinava em 15,8%.

Três anos mais tarde, esse número cai quase quatro pontos percentuais, para 12,2%, um dos menores índices de todo Norte e Nordeste do país. Isso graças a investimentos na alfabetização de jovens e adultos e a parcerias, a partir das quais em torno de 12 mil cidadãos puderam ter a chance de, pela primeira vez, ler e escrever seu próprio nome, saindo das estatísticas sociais lamentáveis. Hoje, o município celebra a redução de 50,4% de sua taxa de analfabetismo, que caiu em dez anos de 16,3 para 8,1%.

Texto e fotos: Rosiere Morais