A educação de Parauapebas foi destaque no Anuário Multi Cidades 2013 pela injeção de investimentos que vem recebendo da prefeitura. O município está entre os 50 do Brasil que mais potencializam essa área e foi destaque absoluto na Região Norte, não pelo volume aplicado, mas pelo crescimento dos valores aplicados, conforme a demanda. Lá fora, a educação municipal é – juntamente com as commodities minério de ferro e manganês – o cartão de visitas da “Capital do Minério”, que caminha a passos largos para se tornar uma das maiores referências na área. No pacote local inter-redes, há gestores inovadores, alunos (dos ensinos fundamental, médio e superior) brilhantes e que trazem medalhas nacionais pelo que sabem e dão conta de fazer.
A secretária de Educação de Parauapebas, Juliana de Souza dos Santos, foi a única da Amazônia – entre 792 titulares de secretarias municipais de Educação – a ser consultada pelo Anuário Multi Cidades 2013. E ela não pagou um centavo por isso. Pelo contrário, foi procurada pela equipe editorial, cuja publicação é organizada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e levantada a partir de dados públicos.
Parauapebas desfila na ala da educação por ter investido R$ 216.512.671,04. Segundo a secretária, a previsão é elevar esses investimentos para R$ 270 milhões. Em 2013, Juliana tocou recursos superiores aos previstos na Constituição. Inovou em setores internos, a exemplo da merenda, que atualmente possui um dos melhores e mais concorridos cardápios do Norte do país e é preparada com alimentos de primeira qualidade e com grau de fiscalização extremo. Por essas e outras iniciativas, entrou 2014 convidada a ganhar um prêmio, o Palma de Ouro, em reconhecimento a sua competência como gestora de rede.
É um fenomenal investimento médio de R$ 5.320,11 num Brasil que é a sétima maior economia do globo e, contraditoriamente, onde o custo anual de um aluno da educação básica deve chegar a míseros R$ 2.285,57, conforme projeção do Ministério da Educação (MEC).
NÚMEROS POSITIVOS
O reflexo dos investimentos sob a batuta da Secretaria Municipal de Educação (Semed) é o fato de Parauapebas ter, hoje, praticamente todos os indicadores de educação acima da média nacional, conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Por exemplo, 60,32% das pessoas com mais de 18 anos em Parauapebas têm ensino fundamental completo. No Brasil, o índice é de 54,92%. Um ponto para o município. Outra: 91,87% das crianças com 5 e 6 anos estão na escola em Parauapebas, enquanto essa taxa no Brasil fica em 91,12%. Outro ponto em favor do município.
Vale considerar, ainda, o avanço local com relação à distorção idade-série no ensino fundamental para estudantes com idade entre 6 e 14 anos, cuja taxa decresceu de 50,04% na década passada para 36,18% atualmente – o que implica mais crianças alfabetizadas na idade certa, bem como mais estudantes com idade adequada à série que cursam.
Por essas e outras, se fosse possível atribuir uma nota de 0 a 10 à educação de Parauapebas, o município obteria 6,44 ao passo que o restante do Brasil estaria um pouco abaixo, com 6,37. Uma década atrás, a nota do município era 3,61. A educação – senão de todos, pelo menos das crianças – evoluiu. Isso por si só já merece palma dourada e dobrada.
Fonte: Quaradouro