Júlio Cezar Barboza, um dos sobreviventes do Massacre de Eldorado do Carajás, foi morto a tiros, por volta de 20h30 desta quinta-feira (19), na casa onde morava no Assentamento 17 de Abril, em Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará. Ainda não há detalhes sobre as motivações do crime, que já está sendo investigado pela Polícia Civil.
A vítima, que era popularmente conhecida como “Cesa”, foi dos sobreviventes do confronto entre trabalhadores rurais sem terra e a Polícia Militar na Cursa do S, na então PA-150, no episódio que ficou mundialmente conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás, onde 19 pessoas morreram, todas integrantes do movimento que lutava pela desocupação da Fazenda Macaxeira, que depois foi desapropriada e deu origem ao Assentamento 17 de Abril – data do confronto-, onde Júlio Cezar morava e foi executado.
De acordo com informações da Polícia Civil, um vizinho contou que ouviu barulho de tiros vindo de dentro da casa de “Cesa” e, quando cessou o barulho, ele foi ver e já o encontrou sem vida, caído na sala da casa. Ele foi alvejado com tiros na região do tórax.
A Polícia Civil já começou a investigar o caso e busca informações que possam identificar quem matou Júlio Cezar. Quem tiver informações, pode ligar para o Disque Denúncia.
Pelas redes sociais, a esposa de Júlio Cezar, Letícia De Paula Souza, lamentou a morte do marido e disse que ela era um homem bom. “Meu marido não era violento e sim muito trabalhador. Todos que conheciam ele aqui em Eldorado , 17 Abril e Curionópolis sabem que ultimamente ele só queria cuidar das filhas e viver bem na terra dele….vou sempre lembrar de ti como um bom pai e um bom marido, que fez o que pôde por nós…. Te amo eternamente”, declarou Letícia.
Tina DeBord