O professor doutor Osvando Alves, um dos nomes mais conhecidos da Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Parauapebas, já não é mais o coordenador do convênio 9/2019 pactuado entre a instituição e a Prefeitura de Parauapebas, com vistas a garantir a implantação de cursos de graduação e pós-graduação no município. Alves foi abruptamente substituído ontem (29). A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu.
A dança das cadeiras pode afetar o andamento da implantação da Uepa em Parauapebas. O processo acontece em duas frentes de trabalho (construção do campus universitário e instalação de cursos) e envolve as secretarias de Obras (Semob), Educação (Semed), Governo (Segov) e a Câmara de Vereadores.
Osvando Alves é mais popular em Parauapebas que o próprio reitor da Uepa, Rubens Cardoso. O agora ex-coordenador do convênio já esteve no município várias vezes e é um dos grandes responsáveis, juntamente com a Semed, o prefeito Darci Lermen e a vereadora Eliene Soares, pela implantação de cursos de especialização cujos editais foram lançados este ano (Saúde Coletiva, Gestão Pública, Metodologias da Educação Básica e Educação Ambiental). A luta que os envolve já tem mais de uma década.
O professor Osvando correu atrás de garantir que os cursos de Matemática, Biologia e Engenharia de Software vingassem no município ainda este ano, bem como estava costurando possibilidades para oferta de Enfermagem e Engenharia Civil. Tudo isso pode ser perdido ou voltar à estaca zero, já que até o momento a Pró-Reitoria de Graduação da Uepa nunca lançou os editais dos cursos pactuados em convênio (Matemática, Biologia e Engenharia de Software), condenando a comunidade de Parauapebas a uma espera perpétua.
Eleições a todo vapor
No momento, as atenções da Uepa se voltam às eleições para comando da estadual. O reitor Rubens Cardoso apoia a chapa 3 de seu vice, Clay Anderson Chagas, para substituí-lo no cargo. As outras chapas são a 1, formada por Benedito Valente e Sheila Mara, nomes que seriam de apreço do governador Helder Barbalho; e a 2, composta por Ionara Terra e Nilson Bezerra, de DNA desconhecido.