Entre as 27 Unidades da Federação, o Pará é a 6ª com o pior investimento médio na saúde de seus habitantes no 2º bimestre deste ano, que coincide com o surgimento e o alastramento dos casos do novo coronavírus no estado de 8,6 milhões de moradores. Em março e abril, o Governo do Pará aplicou aproximadamente R$ 590 milhões na saúde da população, uma média pífia de apenas R$ 68,54 por habitante, muito abaixo da média nacional no mesmo período, que foi de R$ 89,75.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que apreciou as contas de todos os estados encaminhadas ao Tesouro Nacional. Nono estado brasileiro em população, o Pará cai para 11º em investimento bruto em saúde, aplicando menos na saúde de seu povo que os governos de Goiás (usou R$ 735 milhões nos 7 milhões de habitantes) e de Santa Catarina (aplicou R$ 681 milhões em 7,2 milhões de moradores).
No recorte proporcional, o gasto per capita com saúde do Governo do Pará é vexatório. Enquanto Tocantins (R$ 202), Roraima (R$ 199), Distrito Federal (R$ 195), Acre (R$ 181) e Amazonas (R$ 138) gastaram mais que o dobro, o estado mais rico do Norte só conseguiu superar Rio de Janeiro (R$ 63), Rio Grande do Norte (R$ 63), Maranhão (R$ 60), Paraíba (R$ 52) e Minas Gerais (R$ 48). Não por acaso, os estados com os menores gastos per capita estão entre os que mais foram ou têm sido assolados pela pandemia da Covid-19.
Em valores brutos, seis estados superaram R$ 1 bilhão em saúde no 2º bimestre: São Paulo (R$ 4,817 bilhões), Bahia (R$ 1,297 bilhão), Rio Grande do Sul (R$ 1,167 bilhão), Pernambuco (R$ 1,156 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 1,089 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,017 bilhão). Juntas, as 27 Unidades da Federação consolidaram em março e abril R$ 18,86 bilhões em saúde pública para uma população de 210,42 milhões de habitantes.
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