Com a participação de 25 pessoas, entre piscicultores, agricultores e autoridades locais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater Pará), por meio do Escritório Local de Brejo Grande do Araguaia, promoveu, no dia 31 de agosto, naquele município, o curso Manejo Produtivo de Peixes, com duração de 8 horas. A piscicultura é uma atividade milenar com destaque em diversas regiões do mundo. No Brasil, tem apresentado um grande crescimento com destaque para a tilápia e alguns peixes nativos como o tambaqui, o pacu e, mais recentemente, o pintado e o pirarucu. A parte teórica aconteceu em um bar da localidade e a prática, na Chácara Deus Dará.
O curso foi ministrado pelo zootecnista Diego Rene Sens, do Instituo Federal do Tocantins – Campus Araguatins. Ele possui mestrado e doutorado em Ciência Animal Tropical, com ênfase em piscicultura e abordou os seguintes assuntos: introdução à psicultura, noções básicas sobre legislação ambiental, escolha do local para instalação dos viveiros, planejamento da construção e manejo de viveiros, características anatômicas dos peixes, espécies, monitoramento e controle sanitário, manejo alimentar, despesca e aspectos econômicos.
O curso contou com apoio da Prefeitura Municipal de Brejo Grande do Araguaia, onde o prefeito Jesualdo Nunes Gomes, mediante Acordo de Cooperação Técnica, disponibiliza um prédio, com toda estrutura, inclusive internet, onde funciona o Escritório Local da Emater. O gestor também cede à Emater um carro e dois servidores municipais. No curso, ele esteve acompanhado do secretário municipal de Produção, Elpídio Farias da Silva, e do chefe de Gabinete, Arlindo de Souza Alecrim. “Parabenizo pela realização do evento e reafirmo nosso compromisso com a agricultura familiar e em parceria com a Emater Pará”, disse Jesualdo Gomes.
No Projeto de Assentamento Canaã os pequenos agricultores cultivam mandioca, feijão, milho, amendoim e hortaliças; e criam galinhas caipiras e suínos. E, agora, pretendem potencializar a psicultura, com a criação de tambaqui em cativeiro. É caso da agricultora familiar Joveline Marques. a Jô: “Há um ano, iniciei a criação de tambaqui, também comprei tabatinga. Temos um pesque-pague, mas não tinha experiência e quebrei a cara. “Espero que este curso venha somar, estou ansiosa para tirar dúvidas”, disse ela.
O coordenador do Escritório da Emater em Brejo Grande, o veterinário Abraão da Gama Lima, falou sobre o curso: “Na realidade, o que pretendemos é o fortalecimento das ações de assistência técnica levando conhecimento aos nossos agricultores familiares, para que, pelo conhecimento em psicultura, possam obter renda e produzir alimentos.”
Para o supervisor regional da Emater, Fernando Araújo, “a piscicultura é uma atividade rentável, muita apropriada para a agricultura familiar. Contribui diretamente na alimentação e na geração de renda. Segundo o Anuário Peixe BR 2023, de 2015 a 2022 a piscicultura teve um crescimento de 40% no Brasil. Daí a importância dessa cadeia produtiva para a agricultura familiar”.
(Ascom Emater. Fotos: Divulgação)
