Mais de 32 mil pessoas passaram pelo Carroussel Du Louvre, em Paris, em 2018. Neste ano, os visitantes e admiradores da arte, com todas suas nuances, irão se deparar com uma tela do parauapebense Sansão Antcorpus. Ansiedade, expectativa, alegria. É grande a mistura de sentimentos de quem saiu do sudeste do Pará para a concretização de um sonho, num voo jamais imaginado por um menino que descobriu o dom para arte num projeto social de Parauapebas.
Graças às redes sociais, Sansão foi descoberto por uma agência que se rendeu aos seus traços hiper-realistas. O Blog do Zé Dudu conversou por telefone com o artista, que há um ano reside em Dublin, capital da Irlanda, que nessa época está imersa no frio. Para quem é da Amazônia, faz falta o calor da terra.
Em conversa de mais de 30 minutos com a repórter Hanny Amoras, o artista explicou que seria necessário mandar as perguntas para avaliação da sua agência, com quem assinou contrato. E regras precisariam ser cumpridas, o que é natural, principalmente em se tratando de uma exposição numa galeria anexa ao maior e mais visado museu do mundo, onde se encontram as obras artísticas mais cobiçadas do planeta. E toda informação precisa de cuidados.
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Extremamente simpático e prestativo, Sansão insistia em agradecer pela atenção dada a ele, quando quem agradece são aqueles que admiram a arte e veem nela o poder de transformação social. Agradeceu pelos ensinamentos do mestre Afonso Camargo e, insistentemente, manifestou amor pela cidade onde nasceu e para onde ainda pretende voltar. Mas antes Sansão Antcorpus ainda quer aperfeiçoar a sua técnica. Parauapebas, é claro, está na torcida pelo sucesso do seu filho.
Com exclusividade, o artista respondeu às seguintes perguntas do Blog:
Qual o sentimento de ser escolhido, entre tantos artistas brasileiros, para expor numa cidade considerada o celeiro mundial da arte?
Para mim é um sentimento de orgulho, crescimento e grande desafio.
Essa exposição poderá transformar a sua vida? De que forma?
Acredito que tudo o que é novo já é transformador por si mesmo. A transformação, neste caso, é de crescimento profissional.
Você acredita que a sua projeção poderá contribuir para incentivar a arte e a cultura de Parauapebas, um município ainda “criança” nesse aspecto?
Acredito que sim. A empresa Vivemos Arte, a qual me representa, também representa artistas de diversas nacionalidades, o que para mim tem sido motivo de orgulho por saber que estarei em meio a tantos outros artistas talentosos de multiculturas. Vejo o quanto a arte une povos e, certamente, agregará valor ao nosso município.
O que levou você a escolher o estilo hiper-realista?
O impressionante resultado final e o impacto causado.
Quais os seus planos após a exposição em Paris?
Dar sequência a minha carreira para novos projetos e me aperfeiçoar cada vez mais como profissional.
Qual mensagem você gostaria de passar a artistas que muitas vezes desistem da sua arte por falta de apoio e de incentivo?
Para que eles não desistam, e que as dificuldades sempre aparecem e eles devem se manter de pé firme e objetivo, fazendo com que isso seja apenas um combustível em prol de seus sonhos.
Qual importância da empresa que selecionou o seu trabalho para a exposição? Você se sente privilegiado?
A importância da empresa Vivemos Arte, uma empresa brasileira, tendo como diretores Lisandra Miguel e Thiago Pimenta, é uma empresa de nível representativo de artistas do território nacional e internacional. Eu me sinto privilegiado porque há uma seleção e um cuidado para a apresentação, o que vem me mostrando o quanto o mercado da arte é exigente. E isso só vem me fazendo crescer cada vez mais como profissional.