A Comissão de Estudo para Reforma do Ensino Médio da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) realizou ontem (10), na cidade de Marabá, audiência pública que discutiu com a comunidade melhorias para a área da educação, especialmente, no que se refere aos investimentos e reforma do ensino médio no Estado do Pará. O encontro ocorreu na Câmara Municipal de Marabá e contou com a presença de deputados estaduais, vereadores do município, alunos, professores e representantes de entidades ligadas à educação.
Na audiência, alunos e professores elencaram problemas vividos diariamente nos estabelecimentos de ensino, como metodologia de ensino, papel do aluno e professor, compromisso e participação da família na vida escolar do estudante, construção de mais escolas, transporte e merenda escolar e, sobretudo, a precariedade dos prédios.
De acordo com a Comissão de Estudo, a audiência faz parte de um ciclo de debates que a Alepa está realizando com as entidades educacionais, sindicatos, profissionais e alunos, para que se formule um relatório que servirá como base para que o governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), faça as reformas necessárias na educação estadual, sob a ótica de melhorar o ensino médio no Pará, que hoje ocupa um dos piores lugares no Brasil.
Para o presidente do Sintepp – Subsede Marabá, Wendel Bezerra, existem três pontos principais que devem ser abordados e avaliados: política pública nacional, valorização e qualidade educacional. “É interesse do Sintepp que se tenha educação pública de destaque no Brasil, e que ela melhore. Mas nossos índices são os piores. O ensino médio do estado é voltado para os filhos e filhas dos trabalhadores”, avaliou.
Representando a Seduc, Maria Beatriz Padovani, secretária-adjunta de Logística escolar, reconheceu que é preciso rediscutir alguns eixos, entre os quais o currículo escolar. “Precisamos discutir o que queremos e precisamos ensinar dentro das escolas, levando para a ponta do ensino médio. Como vamos oferecer uma escola interessante para o aluno, quais são os conteúdos realmente necessários e que devem ser ensinados na escola”, comentou.