Por Eleutério Gomes – de Marabá
Cerca de 300 servidores públicos municipais concursados da Educação, da Saúde e das demais secretarias da Prefeitura de Marabá lotaram nesta terça-feira (25) o plenário da Câmara Municipal para manifestar insatisfação e revolta com o fato de o prefeito Sebastião Miranda Filho (PTB) – Tião Miranda – ainda não ter se pronunciado acerca de quando vai pagar os salários de dezembro passado, horas extras, plantões e quatro meses de vale alimentação deixados pela administração anterior.
Eles exigem que o gestor municipal divulgue uma agenda de pagamentos, a fim de que possam programar financeiramente a quitação dos débitos que contraíram em razão desse atraso. Caso, o prefeito não estabeleça datas e forma de pagamento, os servidores avisam que pode haver uma greve geral, até que haja uma definição por parte do Executivo.
O presidente da Câmara, vereador Pedro Corrêa Lima (PTB), telefonou para Tião Miranda, que se encontra em Belém, e segundo ele, o prefeito disse que receberá uma comissão de representantes dos concursados em dia e hora a serem marcados.
A sessão ordinária já havia se encerrado quando os servidores chegaram por volta das 11 horas e ocuparam o plenário. Pedro Corrêa concordou em recebê-los e abriu espaço para os presidentes do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Pará), Demerval Bento da Silva; do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará), Joyce Cordeiro Rebelo; e do Servimar (Sindicato dos Servidores Públicos de Marabá), José Edmilson Oliveira de Almeida.
“Tapa na cara”
Primeiro a falar, Demerval Bento disse que, além dos pagamentos, os servidores da Saúde também querem a revogação do decreto do Executivo que reduz em 10% o adicional de insalubridade dos trabalhadores do setor e a volta da Mesa Permanente de Negociação: “O que o prefeito fez foi um tapa na nossa cara, ao reduzir a insalubridade”, bradou Demerval, solicitando a imediata intermediação da Câmara para uma conversa com Tião. “Ele disse que não ia mexer com insalubridade e vocês acreditaram. Então ele deu um tapa na cara de vocês também”, afirmou Bento, dirigindo-se aos vereadores.
Joyce Rebelo falou em seguida e, entre outras reivindicações relativas à categoria dos educadores, questionou o fato de Tião ter recebido uma comissão de contratados e comissionados e não ter chamado os concursados para conversar nem estabelecido uma agenda de pagamentos. “Não dá pra fazer reunião para marcar outra e depois outra. Todo mundo está no limite, todo mundo está com contas atrasadas, pagando juros exorbitantes e muitos até com ameaça de despejo”, lembrou ela, avisando: “Se não tiver uma agenda de pagamentos, vamos propor uma assembleia unificada e votar pela greve geral. Vai parar Educação, Saúde, Administração e todas as demais secretarias”.
“Pagar em dia é obrigação”
José Edmilson, em seu discurso, observou que o prefeito só fala em dívida, diz que ainda não sabe com exatidão a situação financeira da prefeitura e que está pagando os salários em dia: “Pagar em dia não é mérito, pagar em dia é obrigação. Antes de assumir o governo uma comissão já estava levantando a situação da prefeitura. Agora, passados quatro meses, ele ainda não sabe?”, indagou o sindicalista, que também é favorável à greve geral, caso não haja uma definição.
O vereador Tiago Batista Koch (PMDB) também discursou e disse que é necessário avançar no diálogo. “O mais importante é o diálogo. Encaminhar uma comissão para dialogar com o prefeito. Tenho recebido cobranças de servidores da zona rural, em diversas vilas. Eles querem saber quando vão receber e poder pagar suas dívidas”, contou ele, destacando que o melhor caminho para o diálogo é restabelecer a Mesa de Negociação Permanente. Tiago foi acompanhado pelo também vereador Ronisteu Araújo Silva (PTB) – Pastor Ronisteu -, que se colocou à disposição dos manifestantes.
Ao final, Pedro Corrêa elogiou os servidores “pela forma ordeira” como realizaram o protesto e disse que, apesar de a Administração Municipal ter de trabalhar para equilibrar as finanças, é preciso pagar os salários, o vale alimentação, os plantões e as horas extras atrasadas, o que ele considera obrigatório.
Da Câmara Municipal, os manifestantes se dirigiram em passeata ao Fórum de Marabá, onde deram entrada em várias ações, entre elas, uma pedindo a revogação da redução do percentual do adicional de insalubridade e outra solicitando os bloqueio dos recursos financeiros do município a fim de pagar os salários e demais direitos trabalhistas atrasados dos servidores concursados.
Na saída da Câmara, correligionário de Tião Miranda comentou com desdém: “E o Tião liga pra greve?”. Procurado pelo blog logo em seguida, o rapaz não quis dizer o nome, se esquivou e se misturou rapidamente aos servidores em protesto.
2 comentários em “Em Marabá, servidores concursados ameaçam greve geral se o prefeito Tião Miranda não informar quando vai pagar os atrasados”
Ei Leo seu Babão com certeza pensamos nos alunos com certeza vem ver as condições dos alunos nas escolas principalmente nas escolas da zona rural onde os professores tem que se virar nos trinta pra dar aulas e depois transformar a sala de aula em moradia e vice versa.. o fato é seu Léo que governo entra governo sai a educação e a saude em Marabá e região sofrem com os desgoverno que se instalam na região. Sujeitos que só pensam em enxer os bolsos e não estão nem ai com o povo.Digo a você meu caro Léo que desde o Governo Maurino os sindicatos da Saúde e da Educação são os unicos que se manifestam e saem as ruas para denunciar o descaso com esses seguimentos tão importante para os municipes,incluindo ai com certeza seus filhos os alunos que você julga que são prejudicados por estas categorias que todos os anos saem em defesa da população Marabaense denunciando o descaso com nossas cidades. ao invés de ficar jogando suas pedras, traga suas panelas e venha bater contra o descaso destes governantes que estão cagando e andando pra nós professores e pra você também caro amigo Munícipe que deveria cobrar ao invés de babar..
Edivaldo viana.
( Professor da rede Municipal)
O que me espante e vê os professores falar em greve sendo que a culpa disso tudo aí e do governo do Joao salame, pq que eles não fizeram greve no final d ano passado e hoje querem parar um governo que tá colocando ordem na casa , tem politicagem pelo meio , e
Válido e correr atrás dos seus direitos , mais paciência querer por a culpa na atual gestão pelo desgoverno que foi os últimos 8 anos aí já passa a ser molecagem de alguns. Muitos aí não estão pensando nos milhares de alunos que serão prejudicado não tão pensando só no bolso , e olha que a atual gestão tá pagando os salários em dia . Tudo e greve isso que é Brasil na hora de votar no Joao e suas mentiras não pensarão ….