O ano termina dourado para a endinheiradíssima Prefeitura de Parauapebas. Nesta quarta-feira (1º), o Blog do Zé Dudu foi às contas apurar quanto a bem-sucedida administração de Darci Lermen vai embolsar nos próximos dias, a título de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), e a perspectiva é saborosa: lá vêm R$ 113,05 milhões para irrigar a conta bancária da terceira prefeitura que mais arrecada em todo o Norte do Brasil.
A Cfem, mais popular no vulgo de royalty de mineração, é carta na manga que faz de Parauapebas um município próspero e gerador de postos de trabalho com carteira assinada na atualidade. Com o dinheiro que tem entrado mensalmente, o governo de Darci tem tocado obras estruturantes nas áreas de saneamento básico, mobilidade urbana e infraestrutura rural, que, quando prontas, deverão fazer a diferença na vida dos cerca de 250 mil habitantes.
Nas contas do Blog, com mais essa “lapada” que entrará em conta até o próximo dia 15, o faturamento final da Prefeitura de Parauapebas se despedirá de 2021 debutando receita líquida de R$ 2,7 bilhões, uma fortuna épica e, no Pará, alcançada apenas pela mineradora Vale, pelo Governo do Estado, pela Prefeitura de Belém e por outros menos de meia dúzia de gatos pingados de pessoas jurídicas.
A Prefeitura de Canaã dos Carajás, por seu turno, embolsará R$ 77,87 milhões em royalties de mineração, volume que colocará sua receita total próxima de R$ 1,6 bilhão, algo inacreditável para um município emancipado há apenas 27 anos e que, em 2021, já arrecada mais que capitais como Macapá (AP), Rio Branco (AC), Palmas (TO) e Boa Vista (RR).
Curionópolis passa Marabá
Na corrida dos royalties de mineração, uma virada aconteceu nesta reta final do ano. A Prefeitura de Marabá, tradicionalmente terceira que mais arrecada Cfem no Pará, foi superada com folga pela Prefeitura de Curionópolis. Em Marabá, o royalty deste mês virá no valor de R$ 2,965 milhões, enquanto o de Curionópolis será mais que o dobro: R$ 6,78 milhões.
Uma das explicações para a baixa da Cfem em Marabá está na paralisação por 18 dias da mina de Salobo no mês de outubro, cujos efeitos de compensação financeira, para a prefeitura local, só serão sentidos agora. É que o royalty pago em determinado mês decorre da lavra realizada dois meses antes.
Apesar disso, Marabá deve faturar outros milhões de tostões de Cfem este mês na cota dos municípios diretamente afetados pela atividade mineradora. Ele sofre impacto direto da lavra realizada em Parauapebas, de onde o minério de ferro é embarcado, via Estrada de Ferro Carajás (EFC), que corta impiedosamente o território marabaense.
Ao todo, 52 prefeituras paraenses vão ratear R$ 213,84 milhões agora em dezembro, conforme levantamento do Blog, sendo que os menores valores vão para a conta dos governos de Barcarena (R$ 127,44), Vitória do Xingu (R$ 120) e Acará (R$ 67,06). Confira o montante dos municípios milionários deste último mês de 2021!
MAIORES COTAS DE ROYALTIES EM DEZEMBRO
- 1º) Parauapebas: R$ 113.049.450,92
- 2º) Canaã dos Carajás: R$ 77.868.418,13
- 3º) Curionópolis: R$ 6.783.883,84
- 4º) Paragominas: R$ 3.881.725,55
- 5º) Marabá: R$ 2.965.155,40
- 6º) Itaituba: R$ 2.581.623,51
- 7º) Oriximiná: R$ 1.988.528,99
- 8º) Juruti: R$ 1.903.991,75
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