Felicidade, boas lembranças e o sentimento de dever cumprido estiveram presentes durante a sessão solene de entrega do Título de Cidadão Honorário, ocorrida no início da noite desta segunda-feira (21), no plenário da Câmara Municipal de Parauapebas.
Na solenidade, cinco personalidades de Parauapebas foram homenageadas com a honraria. Os escolhidos são pessoas comuns, mas extraordinárias em seus trabalhos, de modo que deixaram um legado de dedicação e serviço para a comunidade do município.
Os homenageados foram escolhidos pelo vereador Luiz Castilho devido suas respectivas contribuições com o desenvolvimento de Parauapebas em diferentes segmentos. O vereador, que conduziu a sessão solene, fez questão de agradecer individualmente a cada homenageado. “É uma honra muito grande conferir este título a pessoas que não mediram esforços para realizar com dedicação suas funções, sempre lembrando e ajudando ao próximo. Vocês são mais que merecedores desta honraria”, assegurou o vereador Luiz Castilho.
A primeira homenageada da noite foi a confeiteira Aurineide Lemos da Silva, carinhosamente conhecida como irmã Áurea. Pioneira de Parauapebas, irmã Áurea é mulher de garra, empreendedora e ainda dedica parte de seu tempo ao serviço social, como a distribuição de cestas básicas e a visita de pacientes do hospital municipal. Ao receber o Título de Cidadã Honorária, irmã Aurineide não conteve a alegria de estar entre os homenageados. “Resido em Parauapebas há 35 anos e nunca havia sido lembrada dessa forma. Sou muito grata a Deus e ao vereador Castilho que me proporcionou este momento de reconhecimento”, disse irmã Áurea em seu pronunciamento durante a solenidade.
Outro pioneiro de Parauapebas agraciado na noite desta segunda-feira foi o servidor público João Luiz dos Santos. João é um dos primeiros servidores do município e trabalha na prefeitura há mais de 30 anos. Em seu pronunciamento, João Luiz lembrou das dificuldades enfrentadas para a abertura de estradas e vicinais na zona rural. Rememorou o plantio dos ipês, hoje árvore símbolo do município, e expressou sua gratidão por ter construído nesta terra sua história.
Dentre os homenageados estava também a empresária Luíza Lourdes Fontana. Pioneira do município, Luíza alegou, com muita satisfação, que deve tudo o que conquistou ao município de Parauapebas. “Esta cidade me deu muito, aqui criei minha família, trabalhei, fui e sou feliz”, revelou a empresária.
Adalberto Murilo Barbosa de Sousa ficou conhecido pela comunidade de Parauapebas por sua gestão na carceragem do Rio Verde. Murilo foi diretor da carceragem por cinco anos e no decorrer deste tempo desenvolveu um trabalho diferenciado. Dentre as ações que realizou, criou um coral com os detentos, proporcionou cursos, inclusive supletivo, e implementou na carceragem o banho de sol. “A missão mais desafiante da minha carreira foi em Parauapebas, mas também foi a que mais me alegrou. Não apenas para mim, mas para os professores que ministraram 22 cursos nestes cinco anos. Promovemos a confiança e a esperança de que bandido bom não é bandido morto; bandido bom é aquele que se transforma, sai da cadeia para viver uma nova vida em sociedade com sua família e, principalmente, na presença do Senhor”, destacou Murilo.
A última homenageada da noite foi Therezinha Aparecida Saçço Lima, conhecida por todos como dona Teka. A educadora, que tem mais de 60 anos de experiência de sala de aula, foi precursora do ensino lúdico no município. Dona Teka sempre acreditou que o ensino de qualidade pode transformar vidas. “Hoje estou tremula e extremamente emocionada. A sala de aula foi a representação dos meus sonhos, não fui eu que escolhi a educação, foi a educação que me escolheu. Jamais esquecerei desta noite, sinto-me enormemente honrada pelos anos de sala de aula em Parauapebas e grata em ter me tornado hoje cidadã desta cidade”, finalizou dona Teka.
A noite desta segunda-feira ficará marcada na memória dos homenageados e de todos os presentes. Com a entrega dos títulos de Cidadão Honorário, os homenageados tornaram-se oficialmente cidadãos de Parauapebas, pois, apesar de não terem nascido no município, suas condutas os fizeram merecedores da honraria.