Empreendedoras de Jacundá e Breu Branco vencem Prêmio Sebrae

A premiação estadual ocorreu na noite desta terça (5), em Belém. Carmélia Pinon e Joandra Sá se destacaram no evento
Carmélia Pinon e Joandra Sá (à direita) representam o sudeste do Pará na grande final do Prêmio Sebrae de Mulheres de Negócio

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Na noite desta terça-feira (5) foi realizada a cerimônia de entrega da fase estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN). Dez empreendedoras de dez municípios paraenses concorreram em quatro categorias, sendo que o sudeste do Pará tinha três representantes. O prêmio foi entregue no Espaço Celebrate by SRB, em Belém.

As vencedoras foram Carmélia Pinon, de Breu Branco (Categoria Produtora Rural); Joandra Sá, de Jacundá (Categoria Microempreendedora Individual); Ingrid Teles, de Belém (Categoria Ciência e Tecnologia); e Noanny Maia, de Mocajuba (Categoria Pequenos Negócios). Sueli Pianho, de Marabá, ficou em segundo lugar em sua categoria.

Noanny Guimarães Maia, CEO da Cacauaré Amazônia Comércio, foi classificada para representar o Pará e a Região Norte na etapa nacional da premiação, prevista para acontecer no dia 21 de novembro, em Florianópolis.

Essa foi a primeira vez que a empreendedora se inscreveu na premiação e se disse surpresa com o resultado: “Para mim, é um lugar muito especial falar de empreendedorismo feminino na Amazônia, especialmente porque eu trabalho com cacau, que é uma cadeia tão tradicional e tão desafiador inovar, trazer produtos que sejam mais do que o cacau tradicional ou então a amêndoa”.

Esse ano, as participantes poderiam concorrer em cinco categorias: Microempreendedora Individual (MEI), Pequeno Negócio, Produtora Rural, Ciência e Tecnologia (proprietárias de empresas de base tecnológica) e Negócios Internacionais. As duas últimas foram promovidas pela primeira vez.

“É uma honra para o Sebrae estar, mais uma vez, premiando as mulheres empreendedoras do Estado do Pará, mulheres que realmente valorizam o seu empreendimento. Pelo terceiro ano consecutivo, nós vamos levar uma representante nossa para a etapa nacional e isso é uma grande honra para o Sebrae no Pará, a gente participar nacionalmente do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios,” ressaltou a diretora técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Domingas Ribeiro.

Além de destacar a classificação de uma empreendedora paraense para a etapa nacional da premiação, a diretora de Operações do Sebrae no Pará, Cássia Costa, também enfatizou a importância do Programa Sebrae Delas, promovido pela instituição desde 2022 para desenvolver o empreendedorismo feminino. “Eu, como mulher, me sinto muito feliz em termos o Programa Sebrae Delas, por meio do qual a gente pode incentivar mulheres a empreender cada vez mais e isso não tem preço,” disse. “As mulheres estão mudando o nosso estado, mudando o Brasil, levando os seus produtos para o mundo inteiro. Essa é a nossa missão e a gente fica muito feliz com isso”.

O PSMN Sebrae Delas é um programa do Sebrae voltado exclusivamente para o estímulo ao empreendedorismo feminino. É desenvolvido no Pará desde 2022 e este ano já atingiu 2.750 mulheres em 75 municípios paraenses com ações de capacitação, consultoria, mentoria, encontro de conexões, fortalecendo os negócios liderados por mulheres.

No estado, foram 87 mulheres empreendedoras inscritas, representando 32 cidades paraenses. Destas, dez empresárias classificaram-se nas categorias pequenos negócios, produtora rural, microempreendedora individual e ciência e tecnologia na etapa. A premiação estadual teve troféu, certificação e consultoria empresarial. Em todo o país, foram 2.634 inscrições.

Negócio liderado por mulheres

Natural de Mocajuba, Noanny tem 38 anos e possui formação em Administração de Empresas, Direito e Marketing. Foi em 2021, após a morte do pai por covid-19, que Noanny Maia, ao lado da mãe e das irmãs, decidiu dar continuidade ao legado da família e empreender na propriedade dos pais. Assim, nasceu a Cacauare Amazônia Comércio Ltda. Elas são a quarta geração de produtores de cacau.

Por meio do cacau selvagem nativo da área de várzea de Mocajuba, elas unem a tradição passada de geração em geração com técnicas inovadoras de produção de amêndoas. Com isso, priorizam a produção agroextrativista em áreas de floresta nativa preservada, em parceria com comunidades locais, e comercializam produtos de cacau nativo na Amazônia, como chocolate 100%, nibs e granola, ajudando a manter a floresta em pé.