De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), as regiões sul e sudeste e a porção oeste do Estado receberão, até o final de 2016, mais de R$ 100 bilhões em novos investimentos decorrentes da iniciativa privada. São empreendimentos de ampliação e instalação de projetos mineradores, de estruturação da cadeia siderúrgica e de geração de energia.
Para que micro, pequenos e médios empresários paraenses possam atender a estes grandes projetos como fornecedores de bens e serviços, a Federação, por meio da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (Redes), realiza, ao longo do mês de setembro, visitas às empresas de Paragominas, Santarém, Altamira e Parauapebas, municípios que concentrarão grande parte dos investimentos industriais.
Segundo o presidente da Fiepa, José Conrado Santos, a iniciativa de qualificar empresários locais veio em consequência a o estudo de cenário que a Federação desenvolveu para o período de 2012-2016. “O cenário de novos investimentos é positivo e é uma preocupação da Federação de que os empresários genuinamente paraenses, que já estão neste Estado há anos, empregando e gerando riquezas, se beneficiassem de alguma forma dos grandes empreendimentos. Nesta perspectiva, reforçamos a atuação da Redes, que já vinha qualificando os micro, pequenos e médios empresários, para que estes investimentos sejam internalizados aqui mesmo, no Pará”, defendeu Conrado, que explica a iniciativa. “Esta não é uma ação protecionista. O que estamos fazendo é qualificar empresários daqui mesmo, a fim de nos fortalecermos localmente e contribuirmos de maneira direta para o desenvolvimento regional do Estado”.
A meta do mutirão da Redes é que 350 empresas de diversos segmentos recebam a visita dos consultores da Redes para serem diagnosticadas e orientadas quanto as oportunidades de negócios no Estado. “Mapeamos as demandas dos principais projetos industriais e descobrimos que há oportunidades reais de negócios para diversos segmentos. Nosso desafio é encontrar novas empresas nessas regiões e prepará-las para atender essas demandas, “afirma Marcel Souza, coordenador geral da Redes.
Durante o mutirão, os consultores farão prospecção de novos fornecedores, além do diagnóstico para posterior atualização cadastral das empresas que já compõem o banco de dados da Redes. Atualmente, o banco conta com cadastro de mais de 2.000 empresas com matriz no Pará. Durante as visitas, os consultores também apresentarão a nova estrutura da iniciativa da Fiepa, que atua há 13 anos no Estado, acumulando em seu histórico vários resultados positivos de internalização de riquezas através das compras locais.
“Nosso primeiro desafio é apresentar aos empresários que, cada vez mais, surgem novas oportunidades por parte dos grandes projetos. Além disso, pretendemos fazer com que os micro, pequenos e médios empresários entendam a importância de se adequar as diretrizes do mercado”, sinalizou Marcel.
A iniciativa da Fiepa contará com o apoio das Associações Comerciais e Industriais dos municípios por onde passará o mutirão da Redes. Paragominas, por exemplo, que deverá receber dois grandes projetos para a ampliação da exploração mineral e outro de reflorestamento, recebeu o mutirão já na primeira semana de setembro. Agora, os consultores da Redes estão em Santarém, onde devem ficar até o dia 13 de setembro, fazendo um levantamento do mercado local de fornecedores daquele município. Altamira e Parauapebas serão as duas últimas cidades que receberão o mutirão.
Fonte: ASCOM FIEPA
2 comentários em “Empresas paraenses são qualificadas para fornecerem aos grandes projetos”
Uma pena que esses investimentos não consigam se transformar em qualidade de vida pra população dessas cidades.
Ex: Parauapebas, cidade rica com problemas no transporte, saúde, segurança, infraestrutura. etc
Muito oportuna essa iniciativa da fiepa! Sem dúvida, o empresariado da região precisa educar-se em todos os sentidos.
Educar-se profissionalmente a ter uma postura ética e respeitosa na sua empresa principalmente com seus clientes e funcionários. Os que aqui chegaram primeiro, beberam da água limpa, eram em sua maioria forasteiros, aventureiros, outros em busca do ouro, do extrativismo e, outros em busca do eldorado.
Os atuais empresários da região foram os peões que ficaram rico e filhos destes. Com o tempo dava-se inicio ao progresso e aos que tinham iniciativa e um pouco de tino comercial percebia logo o quanto poderiam se dar bem, e a partir da li, nascia uma pseudo-sociedade.
Ao longo dos anos, a burguesia tomou conta do vilarejo, e a mais adiante uma pequena vila torna-se adulta e é chamada de Parauapebas.
Ao olharmos de fora, vemos uma cidade tão promissora, cheia de oportunidades para todos que aqui se estabelece. A pizza é dividida para todos, cabe aos que insistem em comer fatias maiores tornarem-se os empresários quase obrigatoriamente, e seus costumes, “agro-escravagista “ é transmitido as gerações.
O nome empresário é visto pela maioria como sinônimo de status, mas seu sentido é mais democrático, até um vendedor de alface na feirinha do bairro é um empresário.
Dificilmente vemos um desses empresários num curso de MBA, ou mesmo dentro de uma sala de aula, nem sequer leem um livro sobre seu próprio negócio Ou mesmo sobre gestão, administração, enfim, deveria ser o contrário, pois sua posição financeira lhes dão essa vantagem.
O comércio de modo geral em Parauapebas sobrevive devido a grande demanda consumista, mas lamentável dizer, muito em breve, devido a entrada de grupos empresariais de outros estados, todos estes que não se educaram como empresários estão com seus dias contados.
A atual postura dos empresários de Parauapebas deixa muito a desejar no quesito de comprometimento, respeito para com seus clientes. Se você precisar de um serviço de concerto de um ar-condicionado, terá que travar uma luta para que algum técnico vá até sua casa efetuar o reparo, e peça Deus para ter seu problema resolvido profissionalmente.
A cidade tem uma demanda muito superior em todos os seguimentos, e tanto a mão de obra, com o comercio em geral se acomoda covardemente, e claro não estaria de fora, os empresários.
É preciso quebrar esse paradigma! Uma cidade que tem tudo pra ser modelo, lamentavelmente é mal gerida por meia dúzia de pessoas que se posicionam como coronéis do pasto