O governo encontrou uma forma de integrar ao Sistema Interligado Nacional (SIN) a maior parte das regiões isoladas do sistema elétrico, em sua maioria, na região Norte do país. Cansado de esperar que as distribuidoras pudessem fazer a conexão nas linhas de transmissão que cortam a região amazônica, o governo promoveu uma mudança legal que vai permitir que leiloe linhas de baixas tensão, de 138 Kv (Kilovolt), que garanta a integração.
E é o consumidor brasileiro que passará a pagar pelas linhas de transmissão de baixa tensão da região da Amazônia Legal, de acordo com o decreto publicado pelo governo ontem no “Diário Oficial da União”. A medida deve baratear as contas de luz da região Norte do país e, por outro lado, encarecer a dos consumidores das outras áreas.
Segundo o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, atualmente, as linhas de transmissão da rede básica, pagas pelos consumidores de todo o país, são aquelas com tensão igual ou acima de 230 kV (quilovolt), e são construídas por transmissoras. As linhas com tensão inferior são pagas pelos consumidores da própria região onde cada distribuidora atua. A partir de agora, na Amazônia Legal, a tensão das linhas da rede básica será rebaixada e passará a incluir aquelas com tensão de 138 kV, atualmente, das distribuidoras de energia. Com isso, as novas linhas de transmissão de baixa tensão na região Norte passarão a ser rateadas entre todos os consumidores do país, e não apenas pelos da própria região.