A Celpa está levando eletricidade para comunidades indígenas no Pará. As aldeias Xikrin e Jujecô, em Parauapebas, Itahy e Sororó, no município de São Geraldo do Araguaia, e Ita-Putyr e Frasqueira, em Capitão Poço, aos poucos começam a ganhar uma nova paisagem. Os primeiros postes que vão sustentar a rede de distribuição de energia elétrica já começaram a ser instalados e as tribos esperam ansiosas pela chegada da energia elétrica. As obras fazem parte de mais uma etapa do Programa Luz para Todos, do governo federal, em parceria com o governo estadual, e executadas pela Celpa.

A energia elétrica vai beneficiar, nas seis aldeias, cerca de 900 índios. Nas duas localizadas em Parauapebas serão construídos 49 quilômetros de redes elétricas e erguidos aproximadamente 600 postes, enquanto que nas aldeias de São Geraldo do Araguaia serão 19 quilômetros de redes e 201 postes. Já em Capitão Poço, 2,8 quilômetros de redes elétricas e 37 postes erguidos.

Juntamente com a energia elétrica, as comunidades indígenas também serão orientadas a usar a energia de forma segura, racional e produtiva. O Programa Luz para Todos prevê a realização de atividades em conjunto com a Coordenação Estadual do Programa e com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI para que o esforço de eletrificação nessas comunidades resulte em desenvolvimento econômico, social e cultural. "A chegada da energia elétrica nessas regiões resultará no incremento da produção agrícola, proporcionando o aumento de renda e a inclusão social, além desenvolvimento econômico e melhorias para a saúde pública da população beneficiada", avalia o vice-presidente de Operações da Celpa, José Alberto Alves Cunha.

Obras Concluídas -Além dos investimentos citados, três obras em comunidades indígenas já foram concluídas: nas aldeias Vila São Pedro, Sede da Vila São Pedro e Cajueiro, todos da Tribo dos Tembé. As duas primeiras estão localizadas no município de Capitão Poço e a outra em Paragominas, na região nordeste do Estado. A obra incluiu a implantação de 401 postes e 44 quilômetros de redes de alta tensão, beneficiando 500 índios da região.

O Programa – O Luz para Todos foi criado em 2004, e faz parte do Programa Nacional de Universalização da Energia Elétrica, cujo objetivo é fazer com que todas as famílias brasileiras tenham energia elétrica em casa, e visa antecipar a chegada dessa energia até 2010. O Programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado com a participação da Eletrobrás. Tem como agentes executores as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica e as cooperativas de eletrificação rural, autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Também compõem a estrutura do Programa, a Comissão Nacional de Universalização (CNU), o Comitê Gestor Nacional (CGN), os coordenadores regionais, os Comitês Gestores Estaduais (CGE), os agentes Luz para Todos e os governos estaduais. A Aneel é convidada a participar, como integrante, da Comissão Nacional de Universalização, do Comitê Gestor Nacional e dos Comitês Gestores Estaduais, por meio das agências reguladoras estaduais.