Uma campanha com a finalidade de ajudar moradores da cidade de Jacundá, vítimas de enchentes, começou a ganhar as ruas esta semana. Roupas, calçados e outros objetos serão arrecadados e depois vendidos. Todo o dinheiro oriundo do bazar será revertido na compra de produtos alimentícios, por meio da campanha “Geração Maiúsculo”.
A iniciativa é da professora Eliane Farias, da rede municipal de Jacundá, que também é dona de uma escola particular. A campanha envolve os alunos da Escola Maiúsculo. “Estamos pedindo doações de roupas, calçados e acessórios de beleza para realizar um bazar na próxima segunda-feira, 15 de abril. O dinheiro arrecadado do bazar será revestido 100% em cestas básicas para as famílias vítimas da enchente”, explica ela.
As doações podem ser entregues na escola, que fica ao lado da Igreja Batista, na Rua 7 de Setembro, Centro da cidade. “Os objetos que não forem vendidos, doaremos às famílias atingidas”, explica a professara. Ela diz que a iniciativa partiu dos alunos e equipe de colaboradores. “Inicialmente, estamos envolvendo os alunos e equipe, mas a comunidade de um modo geral pode participar conosco”, conclama.
Situação de emergência
Laudo expedido pela Defesa Civil afirma que os bairros Castanheira, Alto Paraíso, Bela Vista, Palmares, Cidade Nova, Boa Esperança e José Rasteiro foram os mais atingidos, com mais de 100 famílias desabrigadas durante chuvas no último dia 5. Diante da situação, o prefeito José Martins de Melo Filho decretou “situação de emergência” no município de Jacundá.
A Defesa Civil apontou ainda que os moradores tiveram as fossas assépticas e poços – do tipo cisterna – invadidos pela água da chuva, que trouxe lama e lixo. “Dezenas de moradores estão sem água potável decorrente da contaminação trazida pela chuva”, afirma o prefeito.
No meio rural o problema não é diferente e pode ser considerado mais grave, já que pontes ameaçam cair e as estradas viraram lamaçais. As estradas da Moram Madeira, do Lago, Areia Branca, Jabutizinho e Jabutizão foram as mais afetadas pelas últimas chuvas. As pontes sofreram desgaste nas estruturas por ficarem submersas, sofrendo risco de desabamento.