Até o início da tarde desta quarta-feira (31), o Estado, por meio de suas secretarias de Justiça e de Segurança não se pronunciou sobre a morte, entre Novo Repartimento e Marabá, de quatro detentos, que estavam sendo transferidos de Altamira para Belém em um caminhão-cela. José Ítalo Meireles de Oliveira, 22 anos, Denilson de Souza Ferreira, 24, Valdenildo Moreira Mendes, 30, Werik de Souza Lima, 20, faziam parte de um grupo de 30 detentos e morreram estrangulados na madrugada de hoje.
Os detentos, segundo as primeiras informações, pertenciam à mesma facção, mas, não se sabe por qual motivo, se desentenderam, resultando a confusão na morte de quatro deles.
Os repórteres dos meios de Comunicação de Marabá tentaram, na manhã de hoje, entrevistar o secretário de Justiça, Jarbas Vasconcelos, e o delegado-geral de Polícia Civil, Alberto Teixeira, mas eles preferiram não se manifestar.
Em nota, o Núcleo Regional da Secretaria de Estado de Comunicação informou que “nenhum representante do Governo do Estado dará entrevistas à Imprensa, pois o caso ainda está em fase de apuração”.
“Inclusive pedimos a compreensão de todos os colegas que estão cobrindo o caso em Marabá e informamos que o acesso aos espaços que estão sendo visitados pelo superintendente da Susipe e pelo delegado geral está fechado, por conta do trabalho da perícia. Este serviço não pode sofrer interferências”, diz o comunicado.
Os assassinatos ocorreram entre 19 h de ontem e 1h da madrugada de hoje. Ao chegar a Marabá, os agentes encontraram quatro presos mortos por sufocamento em duas celas. Todos os 26 presos remanescentes foram colocados em isolamento. Diante das circunstâncias das mortes, tudo leva a crer que os 30 presos viajavam no caminhão-cela sem a presença de agente prisional ou policial militar, o que facilitou os assassinatos, com os quais, o número de vítimas da rebelião de Altamira sobe de 57 para 61: 16 decapitados, 21 asfixiados em razão do incêndio e quatro estrangulados.